O vídeo da decapitação do segundo jornalista norte-americano pelos rebeldes do Estado Islâmico é verdadeiro. A autenticidade foi confirmada pelo Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, avança a Reuters e a Associated Press. Obama diz que EUA «não se vão deixam intimidar».
O primeiro alvo dos jihadistas foi o jornalista James Foley e, ontem, divulgaram um vídeo com a execução de outro, Steven Sotloff, que tinha sido raptado em agosto de 2013.
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A mensagem para os EUA foi clara: «Eu estou de volta, Obama, e eu estou de volta por causa da sua política externa arrogante para com o Estado islâmico», disse o rebelde mascarado, o mesmo do primeiro vídeo.
E reforçou a ameaça: «Você, Obama, colocou outros cidadão americanos à mercê para ganhar as causas que são suas. Assim como os mísseis continuam a atacar o nosso povo, a nossa faca continuará a atacar o pescoço do seu povo».
O rebelde mascarado ameaça ainda outro refém, de nacionalidade britânica, de nome David Haines. O primeiro-ministro do Reino Unido vai reunir esta quarta-feira um gabinete de crise para analisar essa ameaça. Ontem, David Cameron já tinha condenado o «absolutamente repugnante» e «desprezível» ato rebelde.
Entretanto, soube-se esta madrugada que a Casa Branca vai mandar mais 350 militares para o Iraque, com o objetivo de proteger as instalações diplomáticas e pessoal em Bagdade. O braço-de-ferro continua.
As últimas palavras de Sotloff
No derradeiro momento em que pôde expressar-se, o jornalista Sotloff diz que está a «pagar o preço» pela decisão da administração de Barack Obama de atacar os alvos ISIS no Iraque.
«Você gastou milhares de milhões de dólares dos contribuintes norte-americanos e nós perdemos milhares dos nossos tropas na nossa luta anterior contra o Estado islâmico. Onde está então o interesse das pessoas em reacender a guerra?», questiona.
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