O tufão Haiyan não poupou as Filipinas. Casas destruídas, florestas devastadas e famílias desfeitas, foi o resultado da tempestade que assolou o país este sábado. No total, estima-se que mais de 10 mil pessoas tenham perdido a vida no tufão. A maioria das estradas desapareceram, as comunicações só são possíveis através de satélite e os medicamentos, a comida e a água escasseiam.
As histórias de um dia de terror sucedem-se. Pessoas que caminharam durante horas para se conseguirem refugiar no aeroporto de Tacloban, contaram momentos de sofrimento à «CNN».
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Marvin Isanan afirmou que viu as três filhas, de 8, 13 e 15 anos, serem levadas dos seus braços pelo tufão. Com a mulher, Loretta, Marvin conseguiu encontrar os corpos das duas filhas mais novas. «Falta encontrar a mais velha. Espero que esteja viva», afirmou este pai devastado por entre lágrimas.
No aeroporto, uma mulher revela que só conseguiu escapar às águas por ter trepado para o telhado, de onde viu vários corpos flutuarem nas águas. O aeroporto transformou-se, aliás, numa morgue improvisada.
O super tufão Haiyan, que sexta-feira atingiu o centro do arquipélago das Filipinas poderá ter provocado 10 mil mortos apenas na ilha de Leyte, anunciou a polícia regional. A Unicef estima que quatro milhões de crianças foram afetadas.
Este tufão, considerado pelos cientistas como o mais forte a alguma vez tocar terra, levou o Papa Francisco a pedir aos católicos para rezarem, mas também para enviarem uma «ajuda concreta» às centenas de milhares de vítimas de Haiyan.
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Mais de 300 mortos e 2.000 desaparecidos na ilha de Samar
Mais de 300 pessoas morreram e outras 2.000 estão dadas como desaparecidas na ilha filipina de Samar, revelou hoje um responsável local.
Leo Dacaynos, membro das equipas de socorro da ilha, explicou à rádio DZBB que 300 pessoas foram já confirmadas mortas em Basey, uma pequena cidade de Samar.
O mesmo responsável acrescentou que quase 2.000 outras pessoas estão desaparecidas em Basey e noutras cidades e vilas da ilha.
Bruxelas e Reino Unido libertam fundos de apoio às vítimas
A Comissão Europeia e o Governo britânico anunciaram hoje que vão libertar três milhões de euros e 5,9 milhões de euros, respetivamente, para ajudar as Filipas depois das 500 mil vítimas e devastação causadas pelo tufão Haiyan.
Os fundos da Comissão Europeia «irão cobrir as necessidades mais urgentes nas zonas mais afetadas» pelo tufão, no centro do arquipélago, disse a Comissão Europeia em comunicado.
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