A Uber, uma aplicação para telemóvel que requisita táxis para os utilizadores, foi acusada de explorar os consumidores durante a greve de 24h do metro de Londres, depois de subir 300% o valor das tarifas.
Já não havia uma greve de metro, em Londres, tão impactante como a desta quinta-feira há 13 anos. A paralisação foi convocada pelo metro, em associação com outras uniões de transportes, em resposta à decisão de introdução do serviço noturno, em setembro. A paragem está a revoltar a população londrina que teve dificuldades em encontrar transportes para chegar ao trabalho.
A grande procura de táxis fez com que o preço das tarifas disparasse e fosse três vezes superior ao normal. A Uber já tinha anunciado de manhã que o preços iam triplicar e que a tarifa mínima cobrada pelos taxistas seria de 20 euros, com uma taxa adicional de 5 euros por cada quilómetro e meio.
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A aplicação costuma ser um serviço low cost, com tarifas normais a rondar 1 euro e 75 cêntimos, elevando as taxas cobradas quando a procura é muito elevada.
Contudo, o aumento foi tão acentuado, que gerou revolta por parte dos consumidores nas redes sociais. Muitos publicaram no Twitter que a manobra se tratava de “um roubo” e que as viagens eram “as mais caras de sempre”.
“Explora os seus motoristas, forçando com que muitos sobrevivam com menos que o ordenado mínimo, e, quando podem, exploram também os clientes, aproveitando-se da miséria das pessoas para fazer mais dinheiro”, afirmou Steve McNamara, presidente da associação, acrescentando que “se eles conseguirem eliminar os outros concorrentes do mercado… os preços experimentados hoje vão passar a ser a norma”.
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“Os trabalhadores da Uber trabalham numa base completamente flexível, trabalhando o tempo que quiserem. Quando a procura aumenta – quando a procura ultrapassa em muito a oferta – as taxas aumentam temporariamente para incentivar mais funcionários a trabalhar na plataforma. Mas assim que a procura cai, os preços descem novamente”.
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