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Bombistas usam Google Earth para definir alvos

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Palestinianos recorrem às novas tecnologias para atacar israelitas

Militantes palestinianos usam o Google Earth para planear ataques contra militares israelitas, noticia o jornal The Guardian. Segundo o jornal, membros da Brigadas dos Mártires de al-Aqsa (grupo armado procedente do Fatah) admitiram usar a popular ferramenta de mapas para determinar os alvos doss ataques.

«Pegamos os detalhes no Google Earth e conferimos as informações com nossos mapas», afirmou ao jornal britânico Khaled Jaabari, o comandante do grupo em Gaza. O líder, também conhecido como Abu Walid, mostrou no seu computador uma imagem aérea da cidade israelita de Sderot, para demonstrar como o grupo escolhe os alvos.

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Abu Walid também armazena no computador arquivos do lançamento de foguetes que utilizam água do mar para viajar distâncias mais longas. «É um processo secreto e estamos muito empolgados com os resultados», disse ao The Guardian.

Apesar de as imagens de satélite do Google Earth não serem atualizadas em tempo real, o que invalidaria informações sobre alvos móveis, alguns especialistas em defesa afirmam que esse tipo de disponibilidade das informações pode aumentar os riscos de ataques a organizações militares.

Por causa dessas ameaças, Abdul Kalam, ex-presidente da Índia, chegou a um acordo com o Google no início do ano para que o programa Google Earth deixasse de exibir pontos estratégicos localizados no país, caso de áreas usadas para fins militares, governamentais e também científicos. Oficiais britânicos também já afirmaram que insurgentes simpatizantes da al-Qaeda utilizam as imagens aéreas do programa para localizar possíveis alvos em bases britânicas no Iraque.

Ao jornal britânico, o Google afirmou que dá atenção à preocupação de possíveis riscos criados pelo serviço. «O Google está empenhado num diálogo com especialistas em segurança e agências importantes em todo o mundo». Ainda assim, a empresa afirmou que o conteúdo disponível no Google Earth e Google Maps não é único: imagens aéreas e de satélite de todos os países estão disponíveis de inúmeras formas. «Inclusive, qualquer pessoa que sobrevoar uma propriedade pode obter essas informações», disse a empresa em comunicado.

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