O terrorismo não vai parar a liberdade de expressão do «Charlie Hebdo» depois do massacre na redação que causou 12 mortos e 11 feridos. O jornal satírico vai continuar a ser publicado e sairá para as bancas já na próxima semana, segundo disse à AFP o editorialista Patrick Pelloux.
«A estupidez não vai ganhar», defende Pelloux, acrescentando ainda que os membros da redação que sobreviveram ao ataque irão encontrar-se muito em breve para preparar essa edição que irá para as bancas, como previsto, na próxima quarta-feira. Foram desbloqueados 500 mil euros para que o jornal satírico tenha condições de continuar a viver, dinheiro de editores de imprensa, bem como do Google.
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Na entrevista que deu esta quinta-feira à estação de televisão iTelé, Patrick Pelloux mostrou-se bastante emocionado com a morte dos colegas.
Ele poderia ter sido também uma das vítimas, já que não participou naquela reunião porque teve outro compromisso à mesma hora.
«Por volta das 11:30, o meu telefone tocou». Jean-Luc, um designer gráfico, pedia para que ele fosse depressa para a redação, que «eles tinham disparado».
«Pensei que era uma brincadeira».
A realidade era outra.
Eles quereriam que continuasse. «Não vamos parar», disse.
Horas após o massacre, o site do jornal satírico mostrava uma imagem que já se tinha tornado viral nas redes sociais: «JeSuisCharlie». No único link da página na Internet direciona para um pdf onde esta frase está traduzida em muitas línguas. À cabeça, em árabe.
A última edição do jornal satírico francês Charlie Hebdo está a ter um interesse especial para os colecionadores. No eBay apareceram sete exemplares a um preço elevado.
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