Já fez LIKE no TVI Notícias?

Obama: WikiLeaks sem «nada de novo»

Presidente dos Estados Unidos salienta que relatórios agora públicos dão-lhe razão na mudança de estratégia na guerra ao terrorismo

A revelação de documentos secretos sobre a guerra no Afeganistão parece não ter preocupado demasiado Barack Obama, que diz que nada do que foi agora tornado público já não o era antes.

«Mesmo que fique preocupado com a revelação de informação classificada sobre o campo de batalha que possa potencialmente colocar em causa indivíduos ou operações, a verdade é que estes documentos não dizem nada nem informam sobre algo que o debate público sobre o Afeganistão já não tivesse feito», disse o presidente norte-americano numa conferência de imprensa em Washigton, citado pela BBC.

PUB

Um dos documentos traça o percurso de Osama bin Laden e possíveis localizações, apesar dos Estados Unidos sustentarem que não têm informação «segura» sobre o líder da Al-Qaeda «em anos». Leon Panetta, o director da CIA, garante que desde o início do milénio que não há notícias sobre bin Laden.

Estes relatórios agora tornados públicos vêm também fazer cair por terra a tese de que o líder da Al-Qaeda estaria morto.

Um relatório da ISAF, uma estrutura da NATO, datado de 2006, localiza bin Laden, juntamente com o líder talibã Mullah Omar, na cidade paquistanesa de Quetta e noutras vilas na fronteira afegã.

«Estas reuniões têm lugar mensalmente e contam com cerca de 20 pessoas (...) o local da reunião alterna entre Quetta e outras vilas na fronteira entre o Paquistão e o Afeganistão (---) os quatro líderes nestas reuniões são Mullah Omar, Osama bin Laden, Mullah Dadullah and Mullah [Baradar]», pode ler-se num documento citado pelo Telegraph.

Já em 2008, Osama bin Laden terá estado na província de Kunduz, no norte do Afeganistão.

PUB

Para Barack Obama, estes relatórios mostraram que era necessário mudar de política no combate ao terrorismo.

«De facto eles demonstram os desafios que me levaram a uma extensiva revisão da nossa política no passado Outono», diz Obama, acrescentando que «durante sete anos, falhámos na implementação de uma estratégia adequada para aquela região».

E o presidente dos Estados Unidos conclui: «É por isso que aumentámos de forma substancial o nosso compromisso ali, insistindo na responsabilidade do Afeganistão e Paquistão, desenvolvendo uma nova estratégia que possa resultar. Agora temos que exercer essa estratégia».

PUB

Últimas