ao atentado no Bataclan“Eu fiz metade de Manhattan a correr, mas o que vivi no Bataclan foi 1.000 vezes pior”.
Em 2001, o norte-americano, identificado pelo jornal Le Monde apenas como Matthew, seguia a pé para um reunião e estava a passar perto da Torre Sul quando o primeiro avião embateu no World Trade Center. Começou a correr imediatamente, fez “metade de Manhattan a correr”, e escapou ileso. A mesma sorte não teve no passado dia 13, em Paris, onde esteve bem perto da morte.
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Foi atingido por um dos disparos dos terroristas no tornozelo, durante o concerto dos Eagles of Death Metal, mas conseguiu escapar para fora do recinto, onde foi ajudado pelo jornalista do Le Monde, Daniel Psenny.
Matthew contou que reconheceu o som dos tiros “instantaneamente”, e correu em direção a uma das saídas de emergência, mas acabou atingido no tornozelo e caiu. Já no chão, conseguiu arrastar-se para fora do recinto, aproveitando cada vez que os terroristas paravam para recarregar as armas.
que saiu de casa para ajudar as vítimas“Avancei centímetro a centímetro. A certa altura vi a alavanca da saída ao alcance do meu braço. Consegui agarrá-la com um dedo, depois com o outro.
“Fingi que estava morto. Quando senti alguém a arrastar-me pelos braços, nem olhei para cima. Eu disse, ou pelo menos disse para mim ‘adoro-te meu anjo’”.
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Mas o ataque não tinha terminado, e quando Psenny, com ajuda de outro homem, conseguiu chegar à porta do seu prédio, um dos terroristas disparou na sua direção, atingindo-o num braço.
“Senti algo quente a escorrer sobre mim, depois ouvi asneiras e, novamente, mais tiros”, acrescentou Matthew.
“Não parávamos de sangrar. O Matthew estava muito pálido e a vomitar, mas nunca perdemos a consciência”, contou jornal francês.
Já no hospital, acabariam por ser tratados a apenas três quartos de distância, e prometeram beber “um copo juntos, ou até uma garrafa”, quando estivessem completamente recuperados.
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