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A Coreia do Norte afirmou hoje ter realizado, com sucesso, o seu primeiro teste nuclear de hidrogénio, dando um significativo passo no desenvolvimento do seu programa nuclear.
“O primeiro teste de bomba de hidrogénio da República foi realizado com sucesso às 10:00 [01:30 em Lisboa] do dia 06 de janeiro, 2016, assente na determinação estratégica do Partido dos Trabalhadores”, anunciou a televisão estatal norte-coreana.
Vários centros de atividade sísmica detetaram esta terça-feira um abalo na Coreia do Norte, levantando-se, de imediato, a possibilidade de ter sido causado por um teste nuclear. O abalo registado dentro da Coreia do Norte deveu-se a uma “possível explosão”, apontando para uma magnitude de 4,9, a zero quilómetros de profundidade.
Após ter conhecimento do teste, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, condenou o mesmo, considerando-o uma “ameaça grave” para o Japão e um “sério desafio” aos esforços de não-proliferação nuclear.
“Condeno-o veementemente. O teste nuclear que foi realizado pela Coreia do Norte é uma grave ameaça à segurança da nossa nação e não podemos, absolutamente, tolerá-lo”.
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“Instamos fortemente a DPRK [Coreia do Norte] a respeitar o seu compromisso de desnuclearização, e a suspender qualquer ação que possa tornar a situação ainda pior”, afirmou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Hua Chunying.
“Apesar de ainda não podermos confirmar estas reivindicações, condenamos qualquer violação às resoluções do UNSC [Conselho de Segurança das Nações Unidas] e voltamos a pedir à Coreia do Norte para que cumpra as suas obrigações e compromissos internacionais”, disse o porta-voz do Conselho Nacional de Segurança da Casa Branca Ned Price.
A Presidente da Coreia do Sul, Park Geun-Hye, considerou o teste nuclear como uma “grave provocação” e ameaça à segurança nacional, apelando a sanções internacionais “severas” a Pyongyang.
“O teste não é apenas uma grave provocação à nossa segurança nacional mas também uma ameaça ao nosso futuro (…) e um forte desafio à paz e estabilidade internacionais”, afirmou Park, durante uma reunião de emergência do Conselho Nacional de Segurança.
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“Enquanto espera a confirmação das características do teste nuclear anunciado e observado (…) na Coreia do Norte, a França condena esta violação inaceitável das resoluções do Conselho de Segurança [da ONU] e apela a uma reação forte da comunidade internacional”, afirmou a presidência francesa em comunicado.
Já o chefe da diplomacia britânica, Philip Hammond, descreveu o teste nuclear como uma “provocação” e uma “grave” violação das resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
“Se os relatos de um teste de bomba-H da Coreia do Norte foram verdade, é uma grave violação das resoluções do UNSC [Conselho de Segurança das Nações Unidas] e uma provocação que condeno sem reservas”, escreveu Hammond no Twitter.
Uma aeronave das Forças de Defesa do Japão vai recolher amostras de ar para analisar a presença de partículas radioativas, o que representaria um indício do novo teste atómico levado a cabo pelo regime de Kim Jong-un, segundo disseram fontes governamentais à agência Kyodo.
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Os Estados Unidos também enviaram aviões para o local com o mesmo objetivo, tal como fizeram nos anteriores testes nucleares de Pyongyang em 2006, 2009 e 2013, assinalou à Efe um porta-voz do Ministério da Defesa japonês.
Conselho de Segurança da ONU convoca reunião de emergênciaA reunião à porta fechada entre os 15 países membros foi convocada pelos Estados Unidos e pelo Japão, indicou a porta-voz da missão norte-americana na ONU, Hagar Chemali.
Várias resoluções da ONU proíbem Pyongyang de realizar atividades nucleares ou ligadas à tecnologia de mísseis balísticos.
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