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A marinha australiana terá pago à tripulação de um barco, com 65 migrantes a bordo, para regressar a águas indonésias. Tony Abbot tem tentado esquivar-se a esclarecer o caso, mas diz que o país está a usar métodos “incrivelmente criativos”, para travar a chegada de estrangeiros de forma ilegal. O caso polémico foi denunciado pela polícia indonésia. As autoridades do país dizem que no dia 31 de maio um barco com 65 migrantes - entre eles várias crianças e uma mulher grávida - deu à costa da ilha de Rote. Maior parte eram do Sri Lanka, havendo alguns do Bangladesh.
"Eu vi o dinheiro"Depois de terem sido abordados, um oficial da marinha, que falava indonésio, terá negociado com eles o regresso a águas territoriais indonésias. O acordo terá sido selado com o pagamento de cinco mil dólares australianos a cada um (cerca de 3500 euros, o que perfaz um total de 21 mil euros distribuídos pelos seis).
“Eu vi o dinheiro e até o contei com a tripulação durante o interrogatório”, disse um chefe da polícia de Rote, citado pela Associated Press.
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“Nós travámos o tráfico [de migrantes] e vamos fazer o que for necessário para assegurar que continua assim”, disse Abbot.
O método das autoridades australianas tem passado por intercetar as embarcações com migrantes em alto mar, barrando-lhes a entrada nas suas águas territoriais ou levando os ocupantes para centros de detenção na ilha de Nauru e na ilha de Manus, na Papua-Nova Guiné.
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