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Crise em Espanha leva a fuga de matadores

Toureiros não conseguem trabalho e partem para a América latina em busca de eventos

A crise em Espanha tem levado muitos matadores a emigrar e a procurar trabalho na América latina. Mas não só. O aumento das manifestações anti touradas também tem causado estragos no negócio, avança a estação de televisão britânica Sky News, que cita o trabalho de um economista, da Universidade de Barcelona, que se dedica a estudar touradas.

Vicente Royuela explica que, desde o início da crise, em 2008, o número de touradas na Europa baixou para metade. No ano passado registaram-se apenas 1 997 eventos. Este ano a queda chega aos 15%.

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Há 765 toureirtos registados em Espanha e, destes, apenas 10% conseguem participar em 20 touradas por ano. Muitos desistem ao fim de seis anos dentro da arena. No entanto, um matador de topo pode levar 150 mil euros por participação.

De acordo com o economista o problema não é só o número de touradas. É pior. Quem não encontra trabalho dentro da arena, também não o consegue encontrar fora. Mas, na verdade, a luta pelos direitos dos animais e as manifestações anti touradas também causaram muitos danos nos últimos anos.

Recorde-se, por exemplo, que a Catalunha baniu, em janeiro de 2012, a realização e corridas.

Ainda de acordo com Vicente Royuela, muitos toureiros estão a rumar à América Latina, onde o fenómeno das touradas continua a crescer e «os amigos dos animais» têm pouco peso.

Em declarações à Sky News, Nuno Casquinha, explica apenas conseguiu uma tourada nos primeiros quatros meses do ano. Perante um futuro incerto decidiu levar tudo o que tinha e partir para o Peru. Aliás, neste momento, 59 matadores estão a trabalhar neste país. No Peru há cerca de 540 touradas por ano.

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