Mais de 160 pessoas foram mortas em confrontos tribais no sul do Sudão. Maior parte das vítimas são mulheres e crianças e pertenciam a um grupo da tribo Lou Nuer, que sofreu um ataque por parte de membros da tribo Murle, quando se encontrava à pesca a sul da localidade de Akobo, no domingo.
«Cem mulheres e crianças, cinquenta homens e onze membros da SPLA [Exército de Libertação Popular do Sudão, que zela pela segurança na região autónoma do sul do país] foram enterrados esta manhã na margem do rio», disse o comissário de Akobo, Goi Jooyul Yol, citado pela Reuters, adiantando que «há ainda muitos corpos no mato». «Não sabemos ainda a totalidade do número [de mortos]», acrescentou.
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Goi Jooyul Yol salientou que os militares que se encontravam na zona tinham como missão proteger as populações em caso de ataques, mas, perante o elevado número de homens armados que perpetraram o último, foram impotentes para impedir o massacre.
Os conflitos entre as duas tribos, no sul do Sudão, provocou mais de 700 mortos na região, apenas este ano. Os ataques são muitas vezes desencadeadas devido à disputa por recursos alimentares e territoriais.
O elevado número de armas disponíveis, depois de duas décadas de guerra civil entre o sul e o norte do Sudão, eleva o nível de violência dos confrontos.
O presidente da zona sul do país, Salva Kiir, estabeleceu uma ligação entre estes ataques e agitadores políticos, que, segundo diz, pretendem criar um clima de instabilidade antes do referendo previsto para 2011, em que as populações serão questionadas se pretendem ou não a separação da zona sul do resto do Sudão.
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