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Erdogan saúda controlo "total" da cidade síria de Afrine por forças turcas

Cidade de Afrine, principal objetivo da ofensiva lançada em 20 de janeiro pela Turquia contra a milícia curdo-síria a Unidades de Proteção do Povo, foi tomada este domingo por combatentes sírios apoiados por Ancara. Curdos prometem bater-se pela "libertação"

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou este domingo que combatentes sírios apoiados por Ancara assumiram o controlo "total" do centro da cidade de Afrine, bastião curdo no noroeste da Síria.

Unidades das Forças sírias livres, apoiadas pelas forças armadas turcas, assumiram o controlo total do centro da cidade de Afrine esta manhã às 08:30" locais (05:30 TMG), declarou Erdogan, adiantando que as operações de desminagem prosseguem.

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A cidade de Afrine é o principal objetivo da ofensiva lançada em 20 de janeiro pela Turquia contra a milícia curdo-síria a Unidades de Proteção do Povo (YPG nas siglas em curdo).

A região de Afrine constituía uma das três regiões administrativas que formavam a “região federal” proclamada em 2016 nos territórios da comunidade, controlados por uma administração semi-autónoma.

Ancara considera a milícia YPG "terrorista", enquanto os combatentes curdos desta são apoiados e armados por Washington para combater o grupo Estado Islâmico.

Depois de Erdogan, o Estado-Maior turco também declarou num comunicado que o centro da cidade estava a partir de agora "sob controlo".

"As operações de busca de minas e de outros explosivos prosseguem", adianta o Estado-Maior no comunicado.

Segundo dados do Exército turco, 46 soldados turcos morreram desde o lançamento da ofensiva contra Afrine, denominada "Ramo de oliveira".

Agora, a bandeira turca flutua no local! A bandeira das Forças sírias livres flutua no local!", afirmou Erdogan, que falava durante uma cerimónia de comemoração da batalha dos Dardanelos, durante a Primeira Guerra Mundial.

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As forças turcas e as milícias sírias aliadas de Ancara assumiram hoje o controlo de vários bairros da cidade de Afrine, a mais importante da região com o mesmo nome. O Observatório Sírio dos Direitos Humanos informou sobre a entrada da Turquia na cidade, mas sem precisar que bairros foram tomados pelas forças turcas.

Num comunicado, os grupos aliados de Ancara anunciaram que "entraram na cidade pelo leste e oeste".

As forças que integram a operação "Ramo de oliveira", como Ancara denominou esta ofensiva, já controlam 87% do território da região de Afrine, segundo informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos num outro comunicado.

Os avanços deste domingo foram precedidos de intensos bombardeamentos nas últimas horas e de fogo de artilharia contra a cidade de Afrine e arredores, além de intensos combates entre as tropas turcas e a milícia curdo-síria Unidades de Proteção do Povo (YPG nas siglas em curdo).

O objetivo da ofensiva turca é expulsar da fronteira turca a milícia YPG, considerada "terrorista" por Ancara, mas um valioso aliado de Washington no combate aos 'jihadistas'.

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Curdos prometem bater-se pela "libertação" de Afrine

Os curdos da Síria comprometeram-se a lutar até à “libertação” de Afrine, prometendo “atingir a cada oportunidade” as forças turcas e os seus aliados sírios que assumiram hoje o controlo da cidade curda no noroeste sírio.

A resistência em Afrine vai continuar até à libertação”, declarou num comunicado enviado à imprensa a administração semi-autónoma curda da região.

“Em todos os setores de Afrine, as nossas forças tornar-se-ão um pesadelo permanente” para as forças turcas e os rebeldes sírios que as apoiam, refere ainda o comunicado das autoridades locais curdas.

A nossa guerra contra a ocupação turca (…) entrou numa nova etapa: passamos de uma guerra de confronto direto para uma tática de ataques relâmpago”, adianta.

Mais de 1.500 combatentes curdos morreram em dois meses de ofensiva e esta já permitiu às forças pró-Ancara controlarem 87% do território do enclave, disse o Observatório Sírio dos Direitos Humanos, adiantando que mais de 200.000 civis fugiram da cidade de Afrine entre 14 e 17 de março.

Os contínuos bombardeamentos e o iminente ataque terrestre turco forçam o êxodo massivo da zona, fazendo temer um novo drama humanitário num país que entrou no oitavo ano de guerra, da qual já resultaram mais de 350.000 mortos e milhões de deslocados e refugiados, refere ainda o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

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