O Presidente turco, Recep Erdogan, garantiu, esta quinta-feira, que a Rússia não vai ter um pedido de desculpas, por causa do avião militar russo que foi abatido pelas autoridades turcas. Moscovo responde com um corte nas relações económicas com o país.
“Penso que se há algum lado que deve pedir desculpas não somos nós. Aqueles que violaram o nosso espaço aéreo é que deveriam pedir desculpas".
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"Os nossos pilotos e forças armadas simplesmente cumpriram o seu dever, que consistia em responder a violações das regras. Penso que esta é a essência”, afirmou o Presidente turco, numa entrevista exclusiva à CNN.
tensões têm aumentadoSegundo a CNN, o Ministro da Defesa, Sergey Shoygu, disse que a Rússia vai instalar mísseis s-400, com a capacidade de atingir alvos até 250 quilómetros, na base militar de Latakia, na Síria. A fronteira turca fica a menos de 45 quilómetros.
divulgaram ainda uma gravaçãoSergey Shoygu declarou ainda que o abate do avião russo “pareceu-se muito com uma provocação palneada”.
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Um dos pilotos que sobreviveu ao ataque garantiu que não recebeu qualquer aviso.
Entretanto, o Ministro da Defesa russo afirmou, esta quinta-feira, que todos os canais de cooperação com as forças militares turcas vão ser suspensos, incluindo a linha de partilha de informações sobre os ataques aéreos russos, na Síria. De acordo com a Reuters, Sergey Shoygu disse ainda que está à espera de uma explicação razoável para o ataque, por parte da Turquia, e que o país pode esperar uma retaliação económica.
Para além da tensão bélica entre os dois países, a Rússia veio a público divulgar medidas que podem abalar as relações económicas com a Turquia. O Ministro da Agricultura russo, Alexander Tkachev, afirmou que toda a comida e todas as importações de origem turca vão ter de passar por “fiscalizações adicionais”, devido a “repetidas violações dos padrões de qualidade russos, por parte dos produtores turcos”.
Alexander Tkachev disse ainda que 15% dos produtos que provêm da Turquia não são seguros e que está preocupado com a qualidade da roupa das crianças, dos produtos de limpeza e da mobília, importados da Turquia.
Algumas companhias de viagens russas também já avisaram que vão reduzir o número de travessias para a Turquia, que é um dos destinos preferidos dos russos.
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