Os jornalistas de duas televisões turcas estão a tentar manter a funcionar as suas estações, esta quarta-feira, depois da polícia da Turquia ter tomado de assalto a sede de uma empresa de comunicação com ligações a uma figura crítica do Governo.
A Bugun TV e a Kanalturk conseguiram manter as emissões a funcionar até as 17:00 (hora local), mesmo depois de a polícia ter entrado nos edifícios. Os agentes usaram gás lacrimogéneo e jatos de água para dispersar os funcionários que tentaram impedir o avanço das autoridades e, ao final da tarde, os ecrãs das duas estações ficaram a negro.
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O governo turco acusa agora a companhia de tentar destabilizar o estado e afirma que está apenas a cumprir uma ordem judicial que determina a investigação das relações entre a empresa e o movimento.
Na terça-feira, um tribunal de Ankara decidiu apreender os ativos da empresa. Já os ataques desta quarta-feira fazem parte de uma ofensiva mais ampla contra os meios de comunicação da oposição do país que têm vindo a ser fortemente criticados pela comunidade internacional.
Os Estados Unidos já criticaram o ataque e condenaram a decisão do tribunal no Twitter, afirmando que acreditam que a "liberdade de imprensa/expressão são direitos universais". "São essencial para sociedades democráticas saudáveis".
Este domingo os turcos regressam às urnas para votarem nas eleições parlamentares depois do partido no poder, AKP, ter perdido a maioria a 7 de junho.
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