Ataques cibernéticos, terrorismo, conflitos entre países e desastres naturais são as maiores ameaças à segurança do Reino Unido. A conclusão foi revelada pelas autoridades do país esta segunda-feira, um dia antes de uma grande revisão militar que deve incluir cortes profundos nos gastos do sector, de acordo com a BBC.
No relatório sobre Estratégia de Segurança Nacional, o governo destacou ameaças de grupos ligados à Al-Qaeda e da Irlanda do Norte, tentando convencer os críticos de que a revisão das forças armadas é movida por considerações políticas e não pelo interesse em poupar dinheiro.
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A Grã-Bretanha procura reduzir seu défice orçamental, que está em quase 11 por cento do PIB, e ao mesmo tempo conservar o lugar do país como potência militar forte na Europa e eficaz aliada dos Estados Unidos.
«A nossa estratégia define prioridades claras: contra-terrorismo, cibernética, crises militares internacionais e desastres como enchentes», disse o governo no relatório.
Já com um nível de prioridade mais baixo, «nível dois», surgem as ameaças de insurgências no exterior que possam fomentar ataques terroristas no Reino Unido - um cenário semelhante à luta Taliban no Afeganistão.
«Grã-Bretanha deve continuar a ser uma nação virada para o exterior», defende Cameron
Em comunicado citado pela SkyNews, o primeiro-ministro David Cameron diz que a Grã-Bretanha deve continuar a ser uma «nação livre, virada para o exterior, cuja autoridade política, económica e cultural ultrapasse o nosso tamanho».
«O nosso interesse nacional exige o nosso compromisso contínuo e activo no mundo dos negócios, promovendo a nossa segurança, a nossa prosperidade e os nossos valores», continuou.
O orçamento do Ministério da Defesa deve sofrer um corte inferior a 10 por cento, muito abaixo da média de 25 por cento aplicada a outros departamentos governamentais. Ainda assim, é provável que os cortes tenham importantes consequências políticas, industriais e diplomáticas.
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