Um activista afegão orador na cimeira anti-NATO reiterou a ideia de que a presença das forças da aliança no Afeganistão não se diferencia em nada da ocupação pelos russos e só ajuda assassinos e máfias da droga.
A mensagem de Shams Arya para os participantes na cimeira da Aliança Atlântica é que «saiam já do Afeganistão» porque a sua presença ali «só está a apoiar os assassinos e os traficantes e máfias da droga».
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Economista dedicado às actividades da organização político-social afegã que integra a Plataforma internacional Anti-guerra Anti-NATO, Arya diz que não vê qualquer diferença entre talibãs e mujaidines, entre a ocupação russa ou a intervenção da NATO liderada pelos Estados Unidos.
«Quando os russos ocuparam o país, fizeram-no por razões geográficas, políticas, económicas e estratégicas. Foi esse o propósito e é o mesmo agora. Não vejo nenhuma diferença», afirmou, em declarações à agência Lusa.
Shams Arya, que esteve há cerca de um ano e meio no seu país, insiste em que «olhando para os bombardeamentos das forças da NATO no Afeganistão, os milhares de mortes provocadas, a destruição, as atrocidades cometidas por uns e por outros, não há diferença nenhuma e não é a favor do povo que estão a agir».
O povo do Afeganistão, advoga Arya, terá capacidade para se organizar e governar e está até «ansioso» para que isso aconteça.
«Estão fartos dos talibãs, do fundamentalismo, dos Estados Unidos, dos russos, etc., e ansiosos e desejosos de unir-se em torno de grupos democráticos e progressistas, que surgem da sociedade civil para governar, dando um rumo ao país», disse Shams Arya.
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