Russell Williams, o coronel homicida que chocou o Canadá no passado mês de Junho, declarou-se culpado das 88 acusações que enfrentava em tribunal. Quatro eram de violação e duas de homicídio, avançou a agência EFE.
O oficial da Forças Aérea Canadiana apresentou-se no tribunal superior de Ontario, onde assumiu ter violado e assassinado Jessica Lloyd (27 anos) e a cabo Marie-France Comeau (38). Crimes pelos quais responde a uma sentença automática de prisão perpétua, sem possibilidade de liberdade condicional durante, pelo menos, 25 anos.
PUB
Willams confessou ainda ser responsável de dois outros casos de violação e 82 acusações por invasão de propriedade e roubo de roupa interior e objectos pessoais de mulheres.
Durante o segundo dia de julgamento, a polícia revelou a existência de vídeos e fotografias em que o militar aparece a torturar e violar as suas vítimas durante horas, tal como o momento das suas mortes. Apesar dos vídeos não terem sido mostrados durante a audiência, o seu conteúdo foi descrito na presença do autor dos crimes e dos familiares das vítimas.
Segundo a CBC, as investigações começaram depois do desaparecimento de Jessica Lloyd, ocorrido em Janeiro deste ano, depois das particulares marcas dos pneus do veículo de William (os chamados SUV'S) serem ligadas ao local do crime. A detenção aconteceu, finalmente, a 7 de Fevereiro.
Depois de questionado, o piloto foi também ligado à morte de Comeau e aos restantes 82 delitos. Russel Williams entrava na casa das vítimas para roubar lingerie feminina, tendo entrado no quatro de, pelo menos, 12 raparigas menores. Uma das raparigas, com apenas 12 anos de idade, encontrou uma mensagem escrita por Williams no seu computador, na qual se lia «merci».
Williams, que era um dos mais altos oficiais da Força Aérea Canadiana, guardava no seu computador pessoal minuciosas descrições dos delitos cometidos. Junto às provas do crime, a polícia canadiana apresentou ainda um vídeo no qual o Williams se declara culpado de todos os delitos de que é acusado.
PUB