O embaixador do Irão nas Nações Unidas, Mohammad Khazaee, alertou na quarta-feira que a pressão cada vez maior do ocidente devido ao programa nuclear iraniano poderá acabar com as esperanças de um acordo sobre o mesmo.
Khazaee salientou, num discurso na Asia Society, em Nova Iorque, que o seu país é a favor de negociações, mas observou que as estratégias do ocidente, nomeadamente a aplicação de sanções ao Irão, poderão fazer com que aquelas não sejam bem-sucedidas.
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«Mais pressão só poderá gerar mais desconfiança, levando o Irão a perder a esperança num acordo», declarou.
O ocidente e Israel alegam que o programa nuclear iraniano tem como fim o fabrico de armas atómicas, situação negada pelo Irão, que, no entanto, rejeitou as exigências do Conselho de Segurança da ONU para parar de enriquecer urânio.
«Enquanto houver pressão sobre o Irão, enquanto houver uma espada junto ao nosso pescoço para participarmos nas negociações, não haverá negociações. Os iranianos não podem aceitar isto», acrescentou Khazaee, ao considerar que o Presidente norte-americano, Barack Obama, declarou uma «guerra económica» contra o Irão.
O mesmo responsável indicou que os líderes iranianos saudaram os recentes apelos dos Estados Unidos para a realização de discussões diplomáticas, que requerem, apontou, «respeito mútuo» e a «desistência da política de pressão».
Representantes do Irão, Estados Unidos, Reino Unido, China, França, Alemanha e Rússia vão ter na próxima semana, dia 26, o seu primeiro encontro nos últimos oito meses para discutir o programa nuclear iraniano em Almaty, no Cazaquistão.
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