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Farage: pediram-lhe para continuar, mas agora querem que se afaste

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Partido britânico UKIP tem vivido um clima de grande tensão nos últimos dias, ainda no rescaldo das legislativas do Reino Unido

Mas as tensões no UKIP não ficam por aqui. Patrick O'Flynn, que geriu a campanha eleitoral do partido, afirmou, numa entrevista ao "The Times", que Farage se tornou num homem muito “agressivo” durante a campanha eleitoral.

O partido britânico UKIP tem vivido um clima de grande tensão nos últimos dias, ainda no rescaldo das legislativas do Reino Unido. Após a divulgação dos resultados eleitorais, Nigel Farage apresentou a demissão do cargo de líder do partido, mas, três dias depois, acabou por recuar na decisão devido ao apelo dos membros do partido. No entanto, agora, duas das pessoas mais influentes dentro do UKIP quem mesmo que o britânico se afaste e que haja uma nova liderança.

Stuart Wheeler, um dos principais financiadores do UKIP, que já doou centenas de milhares de libras ao partido, afirmou, numa entrevista à “BBC Radio 5 Live”, que é tempo de “algo mais calmo”, no que diz respeito à liderança do UKIP. Mais, Wheeler considera que Farage está exausto e devia ter mantido a demissão até às eleições internas que vão decorrer no outono.

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Com um referendo sobre a integração na União Europeia no horizonte, prometido por David Cameron logo após a vitória eleitoral, Wheeler defende que Farage é uma figura muito “agressiva” e pouco consensual para liderar o UKIP num período que poderá ser crucial para o partido que, como se sabe, é eurocético.

Uma posição que também é defendida pelo tesoureiro do partido, Hugh Williams.

“Ele é o melhor performer político do país, mas deverá haver um momento – e acho que esse momento é agora – em que ele tem de deixar o partido existir em si mesmo. Há um grande perigo de o partido ser visto como o partido de Nigel Farage em vez do partido UKIP.”

Mais tarde, O’Flynn acabou por dizer à Sky News que, afinal, até apoia Farage na liderança do partido, mas não os seus consultores “venenosos” que, considera, terem tentado aproximar a linha do partido da do Tea Party norte-americano.

Esta quinta-feira, Raheem Kassam, braço-direito de Farage e um dos membros do partido que O’Flynn tinha referido, confirmou que abandonou o UKIP. Também Matthew Richardson, outro dos visados terá apresentado a sua demissão.

Recorde-se que o partido antieuropeu só conseguiu eleger um deputado para a Câmara dos Comuns, quando ambicionava tornar-se a terceira força política.

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