A resposta aos novos perigos e ameaças, hoje, quando se vive um clima de crise «com dificuldades económicas e orçamentais», não pode ser a mesma do tempo da Guerra Fria, defende o director do Observatório Europeu de Segurança e Defesa, noticia a Lusa.
Luis Solana afirmou esta quarta-feira, em Lisboa, que «a Guerra do Iraque é um erro» e que as Forças Armadas europeias estão «exactamente na mesma, desde a queda do Muro de Berlim».
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Os europeus e os países ocidentais estão sujeitos a novas ameaças como «armas de destruição massiva, terrorismo, crime organizado transnacional e conflitos regionais», mas as respostas das Forças Armadas são a «compra de tanques». O actual «modelo está esgotado», defendeu Luis Solana.
Numa conferência que decorreu na Escola da Guarda Nacional Republicana em Queluz, Sintra, enquadrada nas comemorações do 15/o aniversário da instituição, aquele responsável alega «ser necessário primeiro entender e só depois responder às novas ameaças à segurança», quer da União Europeia quer a nível global.
Luis Solana explicou que «o Muro de Berlim caiu e as Forças Armadas em nada mudaram», as respostas continuam «a ser exactamente as mesmas perante riscos e ameaças completamente diferentes», argumentando que as Forças Armadas são «tradicionalistas e conservadoras».
«Os cidadãos pedem segurança», sendo indiferentes aos custos associados, «mas sabem perfeitamente que um tanque de guerra não defende a população de uma rede mafiosa internacional, nem de um ataque terrorista no metro», argumentou o responsável europeu.
O conferencista afirmou que as «respostas para situações de conflito estão erradas», dando como exemplo «dois aviões derrubaram as torres gémeas em Nova Iorque e a resposta dos americanos foi tão tradicional como inútil - invadir o Iraque».
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