O papa Francisco denunciou esta quarta-feira, na audiência geral no Vaticano, as sociedades atuais que «não deixam nascer» as crianças, numa condenação implícita do aborto e do controlo de natalidade.
«As crianças são um dom para a humanidade, mas são também as grandes excluídas, por vezes nem as deixam nascer», afirmou, no início de uma catequese dedicada à família.
«Da maneira como são tratadas as crianças, podemos analisar uma sociedade, não apenas moralmente, mas também sociologicamente», declarou.
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O papa elogiou a franqueza das crianças: « As crianças (...) ainda não aprenderam a ciência da falsidade que nós, adultos, conhecemos. Eles podem ensinar-nos a chorar, a rir, a deixar sorrisos artificiais".
Mesmo se as crianças «trazem vida, alegria e esperança», podem «causar, às vezes, problemas imensos e muitas preocupações», reconheceu.
«Mas mais vale uma sociedade com estes problemas, que uma sociedade cinzenta e triste», acrescentou, referindo-se às sociedades ocidentais onde o número de crianças por mulher é cada vez mais baixo.
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