Milhares de católicos assistiram à oração Urbi et Orbi (isto é, à cidade e ao mundo) desta manhã, na Praça de São Pedro, no Vaticano. Em dia de Natal, a oração do Papa Francisco chamou a atenção para as guerras com que o mundo se confronta, para a epidemia do Ébola e vítimas de violência, com especial atenção às crianças alvo de crimes em todo o mundo. «Verdadeiramente, há tantas lágrimas neste Natal, juntamente com as lágrimas do Menino Jesus», considerou.
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«Peço que olhe para os nossos irmãos e irmãs do Iraque e da Síria que há tanto tempo sofrem os efeitos do conflito em curso e, juntamente com os membros de outros grupos étnicos e religiosos, padecem uma perseguição brutal».
As crianças alvo de crimes foram outro dos destaques do Papa nesta mensagem, chamando à atenção que «ainda hoje, o seu silêncio impotente grita sob a espada de tantos Herodes».
«Jesus salve as demasiadas crianças vítimas de violência, transformadas em objeto de comércio ilícito e tráfico de pessoas, ou forçadas a tornar-se soldados. Dê conforto às famílias das crianças que, na semana passada, foram assassinadas no Paquistão».
Papa apela a católicos que acolham Deus contra as trevas e corrupção
O Papa Francisco apelou aos católicos para que deixem Deus entrar nas suas vidas, de modo a combater as trevas e a corrupção. Na segunda Missa do Galo desde que se tornou Sumo Pontífice, Francisco sublinhou também o quanto o mundo precisa de ternura hoje em dia. Antes da cerimónia na Basílica de São Pedro, no Vaticano, o Papa fez um telefonema-surpresa para refugiados cristãos no Iraque, sublinhando a condenação às perseguições levadas a cabo pelo Estado Islâmico e comparando-os a Jesus. «Vocês são como Jesus na noite de seu nascimento», disse. Já na missa do galo, na Basílica de São Pedro, o Papa Francisco afirmouque o Natal é sinal da paciência, proximidade e ternura de Deus, que permite enfrentar as «situações difíceis» tendo por base os Evangelhos.
«Nesta Santa Noite, ao contemplar o Menino Jesus nascido e colocado numa manjedoura, somos convidados a refletir: Como acolhemos a ternura de Deus? Deixo-me aproximar dele, deixo-me abraçar por ele ou impeço que Ele se aproxime?»
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