Pelo menos oito pessoas morreram e 78 ficaram feridas na sequência da explosão de um carro armadilhado em Beirute, capital do Líbano. O rebentamento ocorreu perto da praça Sassine, muito movimentada na altura. Entre as vítimas está Wissam al-Hassan, que liderou a investigação da morte do antigo primeiro-ministro Rafik al-Hariri.
Al-Hassan era um alto oficial dos serviços de inteligência, que desvendou a implicação da Síria e do Hezbollah na morte do ex-chefe de governo libanês, que não resistiu a um ataque à bomba em 2005.
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Estes dados foram avançados pela agência noticiosa estatal, citada pela Reuters. O balanço anterior do número de vítimas apontava para dois mortos e 46 feridos.
Ainda não é claro quem seria o alvo deste ataque ou quem será responsável por ele. Contudo, este atentado surge numa altura de crescente tensão no país, devido a divisões geradas pelo conflito na Síria.
Entretanto, Saad al-Hariri, filho de Rafik al-Hariri e primeiro-ministro libanês entre 2009 e 2011, acusou o presidente sírio, Bashar al-Assad, da responsabilidade do atentado, cuja finalidade seria eliminar Wissam al-Hassan.
Após o ataque, muitos sunitas saíram às ruas em diversas partes do Líbano, incendiando pneus como forma de protesto.
Perto do local onde ocorreu a explosão fica situado a sede o Partido da Falange Cristã, conhecida pelas suas posições anti-Assad.
Além das vítimas, ficaram destruídas várias viaturas e as fachadas de vários edifícios nas imediações.
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