Dzhokhar Tsarnaev poderá ser condenado à pena de morte, mas vai ser defendido pela famosa advogada Judy Clarke, conhecida por já ter livrado da cadeira eléctrica assassinos, bombistas e terroristas.
A maior inimiga da pena de morte nos Estados Unidos é advogada há três décadas e entrou na equipa de defesa do já autor confesso do atentado da maratona, que poderá pagar com a própria vida o crime cometido.
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Discreta, não fala com repórteres e nunca dá entrevistas. Recatada na praça pública, mas uma fera na barra de tribunal quando aceita livrar da cadeira eléctrica pessoas com direito à vida, como costuma dizer.
Um dos casos mais mediáticos foi o de Susan Smith que, em 2004, afogou até à morte os dois filhos.
O tribunal deu como provado que a mulher era mesmo uma infanticida, um ato hediondo que podia ter sido tratado à luz do direito com uma injeção mortal, mas que Judy Clarke evitou. E a lista de casos como este é longa, lembrou a CNN.
Formada em Direito desde 1977, só há 18 anos passou a dedicar-se a casos que podem acabar na sentença de morte. Desta feita volta à ribalta por nomeação, depois de o seu nome ter sido apontado por um juiz federal a pedido de uma procuradora de Boston.
Vai defender Dzhokhar Tsarnaev, o terrorista confesso de 19 anos que diz ter sido o irmão mais velho a planear o ato de terror.
Pelas rádios, jornais, televisões, vão aparecendo notícias que dão conta de que a estratégia de defesa vai apostar na teoria de lavagem cerebral, a ideia de que Dzhokhar, na ausência da figura paterna, recorreu ao exemplo dado pelo irmão mais velho, o modelo a seguir.
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