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Extradição de Julian Assange aprovada pelo tribunal britânico

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O Supremo Tribunal britânico aprovou, nesta quarta-feira, a extradição do fundador do WikiLeaks Julian Assange para a Suécia para enfrentar acusações de abusos sexuais a duas mulheres.

A decisão dos sete juízes, adiantou o presidente da instância, Lord Phillips of Worth Matravers, foi tomada por uma maioria de cinco votos contra dois. A extradição já tinha sido aprovada por dois tribunais de menor instância. A defesa de Assange conseguiu no entanto um prazo de 14 dias para contestar a decisão, pelo que a extradição nunca será imediata.

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Muitas pessoas concentraram-se à porta do tribunal em defesa do rosto da WikiLeaks, o site dedicado a divulgar informação secreta ou confidencial e que em 2010 colaborou com vários jornais no mundo na publicação de documentos diplomáticos dos Estados Unidos, divulgando informações embaraçosas para vários governos no mundo.

Assange, que foi detido em Inglaterra em Dezembro de 2010 e está há 540 dias sob prisão domiciliária, acabou por não comparecer na audiência, ao que explicou o seu advogado por ter ficado «preso no trânsito».

O que estava em causa na decisão desta quarta-feira era a questão formal de determinar se o pedido de extradição de Assange era legal. A defesa alegava que não, o tribunal considerou que sim. Além de poder contestar esta sentença, a defesa de Assange aponta ainda a um recurso ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.

Os crimes sexuais de que Assange será acusado na Suécia terão sido cometidos em 2010. O australiano rejeita as acusações, defendendo que as relações em causa foram consensuais. E argumenta que a acusação tem motivações políticas, por causa da sua atividade na Wikileaks.

Enquanto prossegue o processo judicial, Assange mantém-se ativo. Há dois meses anunciou a intenção de se candidatar ao senado australiano, com o objetivo final de correr para primeiro-ministro no seu país.

(Artigo atualizado)

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