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França: ninguém venceu o debate

Últimos argumentos de Sarkozy e Hollande antes das eleições de domingo

O candidato socialista às presidenciais em França, François Hollande, afirmou, no único debate que o opôs ao recandidato antes da eleição de domingo, que será o «Presidente da justiça», com Nicolas Sarkozy a sublinhar um mandato «sem violência».

Era o momento da verdade nas presidenciais francesas, mas ninguém foi definitivamente ao tapete. O ainda presidente acusou várias vezes o rival de mentir, enquanto o adversário mostrou boa capacidade de encaixe, apontando o dedo à desresponsabilização de Sarkozy face aos resultados da sua presidência.

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«Consigo é muito simples, nunca é culpa sua. Você tem sempre um bode expiatório. Você tinha dito 5% de desemprego, são 10% de desemprego, não é culpa sua, mas da crise. Nunca você. E, bem, aí está a diferença sr. Sarkozy, entre você e eu. Eu protejo as crianças da República. Você protege os mais privilegiados, está no seu direito, frisou Hollande.

O socialista acrescentou que a França atravessa «uma crise grave, que afeta os mais modestos, os trabalhadores». Os privilegiados, acrescentou, «já foram demasiadamente privilegiados». Disse ainda que pretende ser o Presidente do «reencontro dos franceses», da «retoma da França» e da «mudança».

Nicolas Sarkozy respondeu ao adversário negando a acusação de que dividiu os franceses: «O senhor acha que eu dividi os franceses; eu sei que os franceses não têm o mesmo sentimento. Não houve, em momento algum, violência durante os cinco anos do meu mandato. Sou o único Presidente que, depois de há muito tempo, não teve que lidar com situações que o obrigassem a recuar nas reformas».

«O mérito é de toda a sociedade francesa. Eu não tenho o mérito sozinho, mas também não sou o único culpado», acrescentou.

François Hollande e Nicolas Sarkozy disputam no domingo a segunda volta das eleições presidenciais em França. O socialista é apontado pelas sondagens como vencedor.

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