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«Geronimo EKIA», o selo da morte de Bin Laden

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Director da CIA foi o narrador da operação militar mais desejada da história recente dos EUA

Leon E. Panetta foi o narrador da operação que ditou a morte de Osama bin Laden. A voz do director da CIA, que acompanhou ao vivo todos os acontecimentos a milhares de quilómetros do Paquistão, desde a sede da agência norte-americana, atravessou o rio Potomac e chegou à sala de crise em Washington, onde estava instalado Barack Obama e os seus conselheiros.

«Eles alcançaram o alvo», pronunciou a voz de Panetta, quando quatro helicópteros com quase 80 operacionais da «Seal Team Six» - uma unidade de elite dentro da já força especial Seal, dos marines - chegaram ao enorme complexo de Abottabad , onde se encontrava o líder da Al Qaeda.

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Duas aeronaves desceram. Uma delas perdeu a sustentação e caiu no átrio do complexo e teve de receber apoio de uma das outras duas que estavam de prevenção. Mas, mesmo assim, duas dezenas de operacionais romperam caminho a tiro, rumo ao edifício onde se encontrava Bin Laden.

Pouco depois, segundo o «The New York Times», Panetta enviava mais detalhes para o outro lado do rio. «Temos contacto visual de Geronimo». Alguns minutos depois, o nome do antigo chefe índio apache, usado como código, aparentemente atribuído a Osama bin Laden, voltaria a ouvir-se ao lado de uma sigla militar. «Geronimo EKIA». EKIA (Enemy Killed in Action), inimigo morto em acção. O jornal nova-iorquino dá conta que se fez silêncio na sala, que só foi rompido pela voz do presidente norte-americano. «Apanhámo-lo.»

De acordo com o diário, que cita fontes da Casa Branca, o gabinete de emergência reuniu-se para acompanhar a operação no domingo à tarde. A tensão do momento era visível na face de Obama, «petrificada», segundo os relatos, e num acto de fé do seu vice-presidente, Joe Biden, que desfiava contas de um terço.

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Numa fotografia divulgada pela presidência, a cara da secretária de Estado, Hillary Clinton, é a que deixa transparecer mais ansiedade pelo momento. Com a mão à frente da boca e um olhar fixo num monitor que não se vê na imagem.

Entre os cinco mortos da operação mais esperada nos EUA na última década, estava um homem alto, de barba. Tinha sido atingido no peito e na cabeça. Um dos operacionais tirou uma fotografia que foi enviada para o centro de comando. Um programa informático de reconhecimento facial validava a identidade.

O corpo foi carregado e levado de helicóptero para um porta-aviões norte-americano. Horas depois, o corpo do inimigo número um da América era lançado para as profundezas do Mar Arábico , com as devidas exéquias fúnebres.

Do outro lado do mundo, já noite dentro nos EUA, Barack Obama anunciava ao país a notícia que era esperada há uma década, justificando a operação, que parece ter escapado às autoridades paquistanesas , tal como o local onde Bin Laden se escondeu nos últimos cinco, seis anos: «Foi feita justiça».

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