O Ministério dos Negócios Estrangeiros português confirmou ter cancelado por «considerações técnicas» o sobrevoo de
Portugal e aterragem em Lisboa do avião do Presidente da Bolívia, Evo Morales, na segunda-feira à tarde.
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Avião de Evo Morales já levantou voo de Viena
Em comunicado, o MNE acrescenta que a interdição de sobrevoo do espaço aéreo português foi levantada às 21:10 do mesmo dia, mantendo-se no entanto a interdição de aterragem «por considerações técnicas».
O comunicado lembra ainda que, na viagem de Morales entre La Paz e Moscovo, realizada no dia 30 de junho, o avião presidencial boliviano sobrevoou Portugal e aterrou em Lisboa para reabastecimento, tendo para isso as devidas autorizações.
«Um sequestro»
O presidente boliviano definiu como uma «agressão à América Latina» e um «sequestro» a sua retenção em Viena.
«Isto é um pretexto, sobretudo para tentar intimidar-me e calar a luta contra as políticas económicas de dominação», disse perante as acusações que transportaria Snowden no seu avião.
O líder sul-americano lamentou que vários países Europeus, entre eles Portugal, tenham impedido que o seu sobrevoasse os seus territórios, o que considera ser «um erro histórico».
«O tempo do imperialismo acabou. Isto não é uma provocação a Evo Morales, mas à Bolívida e toda a América Latina», frisou, explicando que pretende estudar possíveis medidas contra os países quando aterrar em La Paz.
«Nenhum país explicou nada, só diziam que era por razões técnicas», disse.
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