Última actualização às 18h50
Um novo discurso audio de Khadafi foi transmitido pela televisão Al-Orouba, fiel ao coronel.
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Na mensagem, o Coronel apelava a todas as tribos para marcharem e lutarem «contra os estrangeiros que estão a intervir na Líbia». Pedindo ainda que trouxessem consigo «mulheres e crianças» para «purificarem» Trípoli.
«Estas pessoas vão abusar da vossa santidade, atacar a vossa honra e as vossas casas», afirmou dirigindo-se aos líbios e referindo-se aos insurgentes.
«Lutar e destruir» os rebeldes, foram as palavras de ordem deixadas por Khadafi nesta intervenção áudio.
Numa, altura que a oposição ao regime garante «ter cercado» o coronel e os seus filhos, num complexo de apartamentos, próximo do seu antigo quartel-general, Khadafi deixa novo apelo aos líbios.
Mais uma vez, Khadafi apelida de «ratos» os rebeldes, escreve a Reuters, mas a comunidade internacional também não foi esquecida nesta nova mensagem.
«A Líbia é para os líbios e não para os agentes do imperialismo, para a França, Sarkozy ou Itália. Não é para os apoiantes da NATO», concluiu.
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Apesar da mensagem estar a ser transmitida esta quinta-feira, nada no seu conteúdo permite saber a data em que foi gravada.
Segundo a agência AP, em redor do complexo estão cerca de mil rebeldes em confronto directo com os homens leais a Khadafi.
Entretanto, metade dos membros do Conselho Nacional de Transição já chegou a Trípoli, avança a AFP. Encontro vai servir para decidir que passos devem ser tomados para garantir a estabilidade da Líbia.
Também esta quinta-feira, após algumas notícias que davam conta de tropas estrangeiras estarem a auxiliar os rebeldes na busca por Khadafi, uma fonte do Pentágono garantiu à AP que nenhum militar dos Estados Unidos ou da NATO «estão envolvidos «na caça ao homem».
Já Victoria Nuland, do departamento de estado norte-americano avançou que é pouco provável que o Conselho de Transição requisite uma força de paz internacional para ajudar na estabilização do país, no entanto, poderá pedir colaboração no policiamento.
Sendo que os Estados Unidos vêem com bons olhos «se essa colaboração for pedida às Nações Unidas».
Wyre Davies, correspondente da BBC, em Trípoli, foi dos primeiros jornalistas autorizados a entrar no quartel-general de Khadafi e ficou surpreendido com o que viu. «Labirintos de túneis, que se estendem por quilómetros» e que, provavelmente, «ajudaram na fuga» do coronel.
O mesmo jornalista relata ainda que no distrito de Abu Salim, onde persiste uma forte resistência dos homens fieis a Khadafi, dezenas de rebeldes e civis foram atingidos mortalmente por snipers. Um médico de um hospital dessa área confirmou-lhe que deram entrada, pelo menos, 20 mortos e cerca de 120 feridos.
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