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Líbia: 24 mortos em três dias

Os protestos devem voltar a subir de tom esta sexta-feira, durante os funerais dos contestatários. A Líbia adiou a cimeira da Liga Árabe devido à situação no mundo árabe

Na Líbia, três dias de protestos contra o regime já fizeram, no mínimo, 24 mortos. Dados avançados pela Human Rights Watch, organização não governamental (ONG) de defesa dos direitos humanos. A ONG também dá conta de um número indeterminado de feridos nos confrontos entre as autoridades e os manifestantes que pedem mudanças naquele país.

A noite de quinta-feira voltou a ser tensa na cidade de Benghazi, com milhares de manifestantes nas ruas. Já em Al-Bayda, os activistas fizeram das ruas um acampamento, depois da jornada de luta de quinta-feira, apelidada do «dia da raiva».

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A «BBC» informa que houve confrontos violentos em cinco cidades líbias, mas que a situação está relativamente mais calma na capital, Tripoli.

Esta sexta-feira, novos focos de conflito são esperados, quando tiverem lugar os funerais dos contestatários mortos, em Benghazi e Al-Bayda.

Kadhafi visitou apoiantes

Enquanto decorria o «dia da raiva», na capital, mostrava-se outra face desta tensão, com muitos apoiantes de Kadhafi concentrados, a aplaudirem o líder há mais de quatro décadas no poder. O Coronel apareceu mesmo junto aos manifestantes pró-regime, segundo imagens que a televisão estatal difundiu, conta a agência «France Press». Por sua vez, no You Tube, vão surgindo os vídeos do outro lado, com os opositores nas ruas, a bloquear o trânsito, a queimar pneus e a entoar cânticos anti-Kadhafi.

A Líbia da era Kadhafi nunca se tinha visto a braços com protestos desta escala ou natureza e o regime do coronel tem tentado a todo o custo travar a onda rebelde, disparando sobre os manifestantes e cortando nas provisões dos hospitais. Também há testemunhas que dizem que os médicos não tratam os feridos.

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A agência «Associated Press» noticia que o chefe de Estado já pediu inclusive apoio a alguns líderes tribais.

Já esta sexta-feira, a Líbia, que preside actualmente à Liga Árabe, adiou a cimeira da Liga prevista para o Iraque no próximo mês. A «Reuters» cita a agência oficial «Jana», que informa que o encontro foi adiado devido à «agitação que se vive no mundo árabe».

Mas, vozes já se levantaram contra este adiamento. Hesham Youssef, um dos chefe da Moussa, já reagiu: a decisão de adiar o encontro «tem de ser tomada colectivamente», escreve a «Reuters».

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