A NATO vai continuar a sua intervenção na Líbia enquanto as forças de Khadafi continuarem a ameaçar a população civil, segundo disse esta segunda-feira à Reuters o secretário-geral da Nato, Anders Fogh Rasmussen.
A tomada de posição surge depois de o Presidente sul-africano, Jacob Zuma, ter pedido à NATO que suspendesse os ataques aéreos contra alvos do governo. O pedido aconteceu depois de Khadafi se ter comprometido a respeitar o cessar-fogo e a entrar em negociações com os rebeldes.
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«Qualquer cessar-fogo tem de ser credível e verificável... tem de haver um fim completo da violência e um fim completo de todos os ataques e abusos a civis», disse Rasmussen, acrescentando que um cessar-fogo com países do norte de África tem de ter um mecanismo de monitorização efectivo.
Rasmussen disse ainda que a NATO vai continuar a sua intervenção na Líbia. «O nosso ritmo operacional vai ser determinado pelo objectivo claro de proteger os civis de qualquer ataque», explicou.
Entretanto, o Reino Unido também já tinha reagido às declarações de Zuma, defendendo não acreditar que um cessar-fogo na Líbia seja verdadeiro e afirmando que vai continuar com as acções militares para proteger civis.
«Vamos continuar com acções militares para proteger civis», disse à Reuters um porta-voz do primeiro-ministro, David Cameron.
«Qualquer acordo de cessar-fogo precisa de ser um verdadeiro cessar-fogo. Tal só pode ser julgado pelas acções de Khadafi, mais do que pelas suas palavras ou pelas palavras de qualquer outra pessoa sobre esse assunto», afirmou o porta-voz de Cameron.
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