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Líbia: sobe para 14 os mortos em manif anti-Kadhafi

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Através das redes sociais, está a crescer uma mega-manifestação contra o governo. A contestação ao regime de Kadhafi voltou a fazer-se sentir esta quinta-feira de manhã

Actualizada às 13:50

Na Líbia continua a jornada anti-regime, com relato de manifestações contra o coronel Kadhafi em várias cidades.

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A agência «Associated Press», informa que, pelo menos, 14 pessoas morreram em confrontos com forças do regime - de manhã, o número chegava aos quatro. Outras 14 terão sido detidas nas manifestações convocadas pelo Facebook e pelo Twitter, segundo um site de direitos humanos com sede em Nova Iorque. Na capital, em Tripoli, há mesmo relatos de que o trânsito foi cortado em alguns quarteirões.

Os activistas anti-governo estão a organizar um mega-protesto no país. Chamam-lhe o «dia da raiva» e o apelo à participação é feito através da Internet, nomeadamente, a partir das redes sociais. O mote: fazer cair o regime de Kadhafi.

Faiz Jibril , um líder da oposição no exílio, anunciou que «hoje, os líbios quebraram a barreira do medo», escreve o «News24».

Em resposta, a agência local «JANA», citada pela «AP», revela que, paralelamente, está a ser organizada uma manifestação de apoio a Kadhafi na capital e várias acções de apoio com o chefe de Estado em outras cidades. Nas ruas, defensores do regime ostentam bandeiras e cantam slogans pró-Kadhafi.

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Depois da revolução no Egipto e da contestação crescente que se verifica aos regimes da região, o governo líbio tratou logo de tomar medidas para acalmar a insatisfação social, ao duplicar os salários dos funcionários públicos e ao libertar mais de uma centena de suspeitos de pertencerem a um grupo islâmico de oposição ao regime.

Quatro mortos em Al-Bayda

Na cidade de Al-Bayda, os confrontos entre as autoridades e manifestantes anti-Kadhafi, fizeram, pelo menos, quatro mortos. A estas vítimas somam-se dezenas de feridos em Benghazi, também resultado dos confrontos, segundo dá conta a «BBC».

As redes sociais vão relatando um pouco do que se passa no país. Há notícia de helicópteros que disparam sobre a multidão e do uso de snipers. A Lybia Watch, uma organização de defesa dos direitos do Homem, com sede em Londres, denunciou a situação em comunicado: «as forças de segurança interna e as milícias dos comités revolucionários dispersaram, usando balas reais, uma manifestação pacífica de jovens na cidade de Al-Bayda», cita a Lusa.

A polícia afirma que só tem utilizado balas de borracha e canhões de água para demover as concentrações, e que os manifestantes têm respondido com pedras e cocktails de molotov. Um jornal ligado a um dos filhos do coronel Kadhafi terá ousado mostrar a esquadra da polícia de Benghazi incendiada e foi de imediato fechado. A União Europeia olha com apreensão para o que se está a passar e já deixou um apelo à Líbia para que permita a liberdade de expressão no país.

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