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Massacre de Houla deixa o mundo em choque

Liga Árabe vai reunir-se de emergência. Governo português e União Europeia já condenaram ação do regime sírio que fez 92 mortos

Na sua qualidade de presidente da Liga Árabe, o Kuwait vai convocar uma reunião de emergência da organização sobre o massacre em Houla, na Síria, onde as forças do regime mataram 92 pessoas.

«O Kuwait vai contactar os membros da Liga Árabe para uma reunião de emergência com os ministros dos Negócios Estrangeiros para analisar a situação e tomar medidas a fim de colocar um ponto final nas práticas opressivas contra o povo sírio», anunciou o ministério dos Negócios Estrangeiros, num comunicado divulgado pela agência oficial KUNA.

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Foram efetuados ainda contactos ao nível regional e internacional para «exortar a comunidade internacional a assumir a sua responsabilidade de parar o derrame de sangue», refere o mesmo comunicado, em que se condena veementemente o «brutal crime perpetrado pelas forças do regime sírio na cidade de Houla, que resultaram na morte de dezenas de pessoas, a maioria das quais crianças e mulheres».

O governo português «repudia com firmeza o massacre ocorrido em Houla, na Síria», condenando a «utilização indiscriminada e totalmente desproporcionada da força por parte do Governo sírio», a qual representa «uma flagrante violação do direito internacional».

«Estes atos são prova indesmentível da crueldade do regime de Assad, que nem perante a vida de crianças recua», indica um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE).

Portugal, membro do Conselho de Segurança, «considera que a dimensão, gravidade e repetição deste tipo de violência praticada pelo regime sírio se aproxima perigosamente do conceito de crimes contra a humanidade». «Consequentemente, os responsáveis por estes crimes hediondos terão que ser identificados e punidos, se necessário, pela justiça internacional».

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O MNE vinca ainda que «esta trágica quebra das tréguas assumidas pelas autoridades sírias perante as Nações Unidas, não obstante a presença de observadores internacionais no seu território, é um óbvio sinal de que ao regime de [Bashar-al] Assad não interessa o diálogo e a única lógica que conhece é a da repressão».

Também a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, afirmou estar «chocada» com o massacre de 92 pessoas na cidade síria de Houla, condenando «o ato hediondo cometido pelo regime» de Damasco e apelou ao fim imediato de toda a violência.

«Estou chocada com as informações do brutal massacre cometido pelas forças armadas sírias na cidade de Houla, que custou a vida a mais de 90 pessoas, incluindo muitas crianças», declarou Catherine Ashton num comunicado.

«Condeno veementemente este ato odioso cometido pelo regime sírio contra a sua própria população civil (...) e apelo ao governo para colocar integralmente em prática o plano de seis pontos do enviado especial da ONU Kofi Annan, que foi aprovado pela resolução 2043 do Conselho de Segurança» das Nações Unidas, disse a representante da União Europeia para a política externa.

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