A Liga Nacional para a Democracia (NLD, na sigla inglesa), o partido da oposição birmanesa de Aung San Suu Kyi, denunciou este domingo irregularidades nas eleições alegando que os boletins de voto foram adulterados.
«Está a ocorrer por todo o país. A comissão eleitoral é responsável pelo que se passa aqui», afirmou o porta-voz da NLD, Nyan Win, em declarações à agência noticiosa francesa AFP, precisando que uma queixa já foi apresentada. «Enviei uma carta de reclamação (...) se isto continuar assim pode prejudicar o prestígio da eleição» de hoje, aditou.
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Em jogo, nas legislativas intercalares de hoje, estão 45 assentos, 37 dos quais a câmara baixa do parlamento, seis na câmara alta e dois em assembleias regionais, o que, no entanto, não coloca em causa o poder do governo do país nem dos militares que apoiam o executivo, que governaram em ditadura desde 1962 e a quem a Constituição reserva 25 por cento dos lugares no hemiciclo.
Observadores consideram estas eleições históricas porque são as primeiras em que participa Aung San Suu Kyi, opositora da ditadura que passou 15 dos últimos 21 anos em prisão domiciliária, até o regime lhe ter devolvido a liberdade, em novembro último.
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