É o casamento mais aguardado do ano. O enlace entre o Príncipe William e Catherine Middleton está a ser detalhadamente preparado há vários meses. Os convites já foram enviados a mil e novecentas pessoas. Mas ao contrário de outras uniões reais, esta não é considerada uma cerimónia de Estado.
De acordo com o Gabinete de Comunicação do Palácio de Buckingham este «não vai ser um casamento de Estado, porque o Príncipe William não é o soberano nem o herdeiro do trono. No entanto, dado à sua posição na Família Real alguns elementos formais podem ser esperados».
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A restrita lista de convidados exclui Chefes de Estado como Barack Obama, Nicolá Sarkosy e o presidente da Comissão Europeia Durão Barroso. No entanto, duzentos elementos do corpo diplomático junto da Rainha foram convidados, mas sem cônjuges. De Portugal irá o embaixador de Portugal em Londres João de Valéria.
Crise financeira pode responsável pelas alterações no enlace
Para o politólogo António Sousa Lara o facto de não ser um casamento de Estado «é uma boa desculpa. Faz sentido na lógica estruturante e funcional da aristocracia inglesa e da Casa Real inglesa, mas é um pretexto. Não me parece que seja suficiente dizer que não é um casamento de Estado. Suponho que tem a ver com a situação de crise em que se vive.»
O enlace contempla três fases diferentes. Na Catedral de Westminster Abbey participam na cerimónia religiosa 1900 convidados. Desses, 600 deslocam-se ao Palácio de Buckingahm para uma recepção a convite da Rainha. Mais tarde no jantar oferecido pelo Príncipe Carlos aos noivos, estarão presentes 300 pessoas.
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Inglaterra já está em festa
No Reino Unido já se começa a festejar este casamento. Uma réplica do Príncipe William permite recriar o momento oficial do anúncio do enlace. Diariamente jornais e revistas destacam o tema com as várias aparições públicas do casal.
Há cerca de 30 anos, no casamento de Estado dos Príncipes de Gales, não existiram restrições. Manuela Eanes, mulher do Presidente da República português em 1981, foi uma das 3.500 pessoas convidadas para o casamento Real. Manuela Eanes recorda a cerimónia «lindíssima». «Estivemos na cerimónia ao lado doMitterrand e da mulher. Na véspera houve um jantar oferecido pela Rainha aos convidados. Uma coisa que eu acho interessantíssima é que os brindes não foram feitos com Champanhe, mas com Vinho do Porto».
Casamento segue um rigoroso protocolo
Por não ser uma cerimónia de Estado é permitido traje de passeio. Mesmo assim, segundo a Presidente da Associação Portuguesa de Estudos de Protocolo, Isabel Amaral, existem rituais que vão ser certamente seguidos, como «só por ser um casamento à hora do almoço, em Inglaterra, não há senhora que se preze que não vá de chapéu. De resto os vestidos para as senhoras é um vestido curto e normalmente de cores claras por ser de dia».
Cresce a expectativa em torno do vestido que a noiva irá usar. Já o Príncipe William deverá envergar o uniforme militar da Força Aérea, mas a informação ainda não foi confirmada. Certa é a grande festa nas ruas de Londres. Catherine Middleton vai ser transportada de carro até à Catedral. Só depois de se transformar em Princesa é que fará o habitual percurso de carruagem até ao Palácio Real.
O enlace vai decorrer a 29 de Abril. Um momento majestoso e formal que se prevê que seja seguido por 2,5 mil milhões de pessoas. Uma festa em Londres que vai contagiar todo o mundo.
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