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Síria: pelo menos 32 manifestantes mortos

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Pressão sobre regime é cada vez maior, com centenas de milhar de pessoas nas ruas em todo o país

Última actualização às 22:50

As forças de segurança sírias mataram pelo menos 32 manifestantes esta sexta-feira, depois de centenas de milhar de pessoas terem saído às ruas em várias partes do país em protesto contra o regime liderado pelo presidente do país, Bashar al-Assad.

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De acordo com a agência Reuters, que cita várias testemunhas e fontes ligadas aos movimentos de contestação, a polícia usou fogo real e gás lacrimogéneo na capital e em vários subúrbios. Os Comités de Coordenação Local dão conta que 23 pessoas foram mortas na cidade.

No sul, perto da fronteira com a Jordânia, morreram outras quatro pessoas. Na província de Idlib, no Norte, perto da Turquia, tropas apoiadas por tanques entraram em várias aldeias, matando pelo menos três civis. Em Homs, também há registo de duas vítimas mortais.

A Reuters salienta, citando relatos de uma testemunha, que no bairro Rukn al-Din, em Damasco, centenas de jovens com máscaras brancas tentaram resistir às autoridades, usando paus e pedras.

Uma testemunha disse à agência, numa conversa telefónica desde a capital, que as forças de segurança estavam a tentar reprimir os muitos milhares de pessoas que saíram às ruas. «Estamos em Midan e eles estão a lançar gás lacrimogéneo contra nós», afirmou.

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«Estas são as maiores manifestações até agora. É um claro desafio às autoridades, especialmente quando vemos este número [de pessoas] em Damasco pela primeira vez», disse Rami Abdelrahman, que está à frente do Observatório Sírio para os Direitos Humanos.

Esta entidade salienta ainda que na província de Deir al Zon, onde pelo menos duas pessoas foram mortas, pelo menos 350 mil pessoas saíram às ruas em protesto.

O regime liderado pelo presidente Bashar al-Assad está cada vez mais sob pressão da contestação popular, que se iniciou em Março.

Desde essa altura, estima-se que cerca de 1400 pessoas já foram mortas pelas forças de segurança do país, que têm tentado manter em pé à força o regime liderado pelo partido Baath, no poder há 40 anos.

Al-Assad assumiu o cargo de presidente em 2000, sucedendo ao seu pai, Hafez al-Assad, que chegou ao poder em 1971 e lá se manteve até morrer.

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