A organização de direitos humanos Human Rights Watch acusou as forças armadas do Sudão de terem violado pelo menos 221 mulheres e raparigas durante três dias, no ano passado, no Darfur. Segundo o relatório da Human Rights Watch, divulgado esta quarta-feira, o ataque ocorreu entre os dias 30 de outubro e 1 de novembro, na cidade de Tabit. Os soldados entraram «casa a casa», «saquearam os bens, prenderam os homens, espancaram os residentes e violaram as mulheres e raparigas». Dois desertores do exército sudanês garantiram a esta organização que a ordem para violar as mulheres foi dada pelos seus superiores hierárquicos das forças armadas. «A violação em massa de mulheres e raparigas em Tabit pode constituir um crime contra a humanidade», denuncia a organização. Uma mulher de cerca de 40 anos contou à Human Rights Watch que foi violada ao lado das suas três filhas, duas delas com menos de 11 anos.
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O porta-voz do exército sudanês negou as acusações«Imediatamente a seguir a entrarem, eles disseram: “Mataste o nosso homem. Vamos mostrar-te o verdadeiro inferno”. Depois começaram a bater-nos. Violaram-me a mim e às minhas três filhas. Uns seguravam numa rapariga enquanto outro a violava».
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