A aplicação da pena de morte não reduz os níveis de violência nas ruas, revela um estudo publicado pelo «Jornal de Lei Criminal e Criminologia», da Universidade de Northwestern, em Chicago, que reuniu as opiniões de 67 investigadores especializados no tema.
Segundo a Amnistia Internacional, os Estados Unidos é um dos países que realiza mais execuções. Nesta lista estão também a China, o Irão, o Iraque e a Arábia Saudita, porém 88,2% dos criminologistas do estudo afirmam que esta medida não reduz a criminalidade.
«As pessoas que cometem os crimes mais violentos, que em geral são crimes passionais ou rivalidades entre gangues, claramente não se preocupam com a pena de morte», disse Joe Domanick, diretor do Centro de Media, Crime e Justiça da Universidade da Cidade de Nova York, à BBC.
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Porém, uma corrente de investigadores, constituída sobretudo economistas, dos Estados Unidos defende que a pena de morte provoca uma menor criminalidade. Roberto Marchesini, desenvolveu um estudo na Universidade de Houston, e concluiu que cada execução realizada no Texas preveniu entre 11 a 18 homicídios no Estado no período analisado.
Execuções nos Estados Unidos
As estatísticas mostram que os Estados Unidos têm diminuído a aplicação da pena de morte e têm assistido a um declínio de apoio por parte da população.
Segundo o Centro de Informações de Pena de Morte, o ano de 2014 foi o ano que teve menos execuções desde 1994 e menos 10% do que 2013.
Esta redução tem sido acompanhada pelo crescimento da rejeição à pena de morte, por parte dos americanos. Segundo o Pew Research Center, um centro de pesquisa do país, o número de americanos que reprovam a pena de morte para condenados por homicídio passou de 31% em 2011 para 37%, em 2013.
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