O número de mortos provocados pelo contágio do vírus Ébola na República Democrática do Congo (RDCongo) subiu para 546 até sábado passado, informou hoje o Ministério da Saúde congolês.
O registo atualizado de mortes em consequência do vírus, que se transmite através de fluidos corporais e provoca febre hemorrágica, indica mais cinco mortos apenas no período de 20 a 23 deste mês, todos na província de Kivu Norte.
PUB
Os novos casos de contágio aumentaram em três dias, com o Ministério da Saúde, a Organização Mundial de Saúde (OMS) e organizações não-governamentais a confirmarem laboratorialmente mais 10 pessoas contaminadas.
Estes casos de contaminação elevam para 869 o total de pessoas infetadas com o vírus desde que a epidemia na RDCongo foi declarada, em 1 de agosto de 2018, até sábado passado.
O Ministério da Saúde assinalou que uma pessoa que tinha contraído o vírus Ébola foi dada como recuperada.
Desde o início da epidemia, as organizações de assistência médica recuperaram já um total de 294 pessoas que tinham sido infetadas.
A OMS autorizou já o uso da vacina rVSV-Zebov-GP, estudada e desenvolvida desde 2015, em mulheres grávidas e crianças com menos de um ano na RDCongo.
A atual epidemia de Ébola é já considerada pelo Governo congolês como a maior da história do país em número de mortos e contágios.
A República Democrática do Congo foi atingida nove vezes pelo Ébola, depois da primeira aparição do vírus naquele país africano e no Sudão do Sul, em 1976.
Em 1995, o Ébola provocou a morte a 250 pessoas na cidade de Kikwit, na província de Kwilu, no sudoeste da República Democrática do Congo.
No período de 2014 a 2016, a epidemia do vírus Ébola, que afetou África Ocidental, foi considerada pela OMS como a mais complexa, desde que o vírus foi descoberto.
PUB