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Ébola: risco de propagação na UE é «extremamente baixo»

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No entanto, a Comissão Europeia sublinha que se o vírus chegar a território comunitário, os 28 estão preparados para enfrentar a situação

A Comissão Europeia reiterou hoje que o risco de propagação do Ébola na União Europeia (UE) é «extremamente baixo», mas sublinhou que, na eventualidade de o vírus chegar a território comunitário, os 28 estão preparados para enfrentar a situação.

O comissário europeu da Saúde, Tonio Borg, transmitiu esta mensagem depois de a Organização Mundial de Saúde (OMS) ter hoje declarado o surto na África Ocidental uma emergência pública sanitária internacional.

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«O risco do Ébola nos territórios da UE é extremamente baixo. Tanto porque relativamente poucas pessoas que viajam para a União estarão infetadas com o vírus, quanto pela forma pela qual se dá o contágio: só através de contacto direto com fluídos corporais de um doente com sintomas», declarou Borg.

Além disso, a UE tem padrões muito elevados de cuidados médicos e preventivos e, depois de ter acompanhado a situação na África Ocidental durante meses, «no improvável caso de o Ébola chegar à União», os Estados-membros estão «preparados para enfrentar o vírus», assegurou o comissário europeu da Saúde.

A Comissão Europeia (CE) está a trabalhar na preparação e a coordenar a gestão do risco juntamente com os Estados-membros da UE e conta, para tal, com o apoio do Centro Europeu para a Prevenção e Controlo de Doenças e da OMS, indicou.

A Comissão de Segurança Sanitária da UE, criada por decisão do Parlamento Europeu e do Conselho para lidar com ameaças graves de saúde transfronteiriças, coordena o intercâmbio de informação e a preparação, explicou o responsável comunitário.

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Borg frisou ainda que «nesta situação tão grave, é essencial» que todos cooperem «num espírito de solidariedade» para combater o surto epidémico na África Ocidental, onde morreram mais de 900 cidadãos na Guiné-Conacri, Libéria e Serra Leoa e onde o vírus também afetou recentemente a Nigéria.

Na UE, o primeiro e único caso, até agora, de uma pessoa infetada pelo Ébola é o do sacerdote espanhol Miguel Pajares, que chegou na quinta-feira a Madrid procedente da Libéria para ser tratado.

O comissário europeu, que expressou condolências às famílias das vítimas mortais do Ébola e elogiou o esforço das diversas comunidades africanas e dos milhares de médicos, enfermeiros e voluntários para combater o vírus, recordou que a CE disponibilizou mais 3,9 milhões de euros à luta contra esta doença na África Ocidental.

«Tenho a certeza de que juntos, com a ajuda das pessoas dos países afetados e dos nossos próprios cidadãos, poderemos conter o atual surto com êxito», disse o responsável europeu.

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A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, pediu hoje à comunidade internacional que ajude os países afetados a combater a epidemia de Ébola, a pior em quatro décadas.

Em conferência de imprensa, Chan afirmou que os países da África Ocidental mais atingidos pela epidemia - Libéria, Serra Leoa, Guiné-Conacri e Nigéria - «não têm meios para responder sozinhos» à doença e pediu «à comunidade internacional que forneça o apoio necessário».

Em Portugal, os hospitais de referência definidos para atender estes casos são o Curry Cabral e o Dona Estefânia, em Lisboa, e o São João, no Porto.

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