Vladimir Putin assumiou esta quarta-feira, no discurso à nação russa, que responderá, caso os Estados Unidos decidam colocar novos mísseis de alcance intermediário na Europa.
Segundo relata o jornal norte-americano Washington Post, o presidente russo adiantou estarem concluídos os testes de um novo míssil com capacidade nuclear.
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O novo armamento, que incluirá um drone também com capacidade nuclear, poderá ter como alvo não só os países onde os norte-americanos venham a colocar o armamento, mas ainda os próprios Estados Unidos.
Segundo o jornal New York Post, Putin rejeitou as acusações dos Estados Unidos de que a retirada do tratado das Forças Nucleares de Alcance Intermediário em 1987 foi motivada por violações russas do pacto.
Negociar acordosO presidente russo assumiu, contudo, querer relações amistosas com os Estados Unidos, dizendo estar disponível para voltar a negociar acordos de controlo de armas com Washington.
No discurso anual do estado da nação, no Parlamento russo, Putin esclareceu que não quer confrontos com os norte-americanos e que espera reatar o "bom relacionamento" com o governo norte-americano.
Em janeiro, o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou o abandono do tratado de mísseis de curto e médio alcance assinado em 1987, por considerar que Moscovo não respeitava o acordo.
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Logo de seguida, Vladimir Putin disse que a Rússia também saíria do tratado e considerou “infrutíferas” as negociações para tentar recuperar os termos do entendimento.
Esta quarta-feira, Putin mostrou-se disponível para voltar às negociações sobre controlo de armamento, apesar de ter voltado a dizer que os EUA têm uma “política destrutiva”, atacando a Rússia com sanções.
E deixou uma ameaça, dizendo que os norte-americanos deviam ter em conta o “alcance e a velocidade” das armas russas, antes de tomar decisões que visem a Rússia.
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