A Casa Branca considerou como perigosa a divulgação de dados sensíveis sobre o conflito no Afeganistão, numa reacção à entrega de milhares de documentos por parte do site WikiLeaks aos jornais norte-americano «The New York Times» e britânico «The Guardian» e à revista alemã «Der Spiegel». Segundo o porta-voz da administração Obama, Robert Gibbs, a vida dos militares no terreno pode mesmo ter sido colocada em risco.
«Significa uma real e potencial ameaça para aqueles que estão a trabalhar todos os dias para nos manterem seguros», disse Gibbs, esta segunda-feira, numa conferência de imprensa, em Washington.
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As autoridades norte-americanas reagiram também às declarações do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, que disse que há indícios nos documentos tornados públicos de que tenham sido praticados crimes de guerra no conflito afegão, por parte dos militares da coligação da NATO.
O porta-voz do Departamento de Estado, P.J. Crowley, defendeu que não há nada que possa sustentar essas suspeitas e respondeu ainda à tese, que despontou após a divulgação dos documentos, de que os militantes talibã estariam a receber apoio dos serviços secretos do Paquistão - país que tem beneficiado de forte assistência norte-americana, por causa do conflito.
«Maior parte desses documentos têm vários anos e podem muito bem reflectir situações, condições e circunstâncias que foram corrigidas já ou estão em processo de correcção», disse.
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