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África do Sul tenta conter epidemia de cólera

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Doença entrou no país através dos refugiados do Zimbabué e já matou quatro pessoas

As autoridades sul-africanas accionaram esta sexta-feira um plano de emergência para vigiar e tratar todos os refugiados do Zimbabué, onde se regista uma epidemia de cólera que já matou quatro pessoas na África do Sul.

Brian Ramatshoala, um médico que trabalha em Musina, a localidade mais próxima do posto fronteiriço sul-africano de Beit Bridge, disse à Agência Lusa que há uma ameaça real de saúde pública com origem no Zimbabué, devido às pessoas que fogem do país em busca de alimentos e trabalho na África do Sul.

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Equipas de emergência estão a monitorizar uma média de 80 refugiados por dia na zona fronteiriça, um local onde os que passam a fronteira «a salto» apenas se demoram umas escassas horas, até apanharem transportes para as maiores cidades sul-africanas, onde esperam encontrar empregos e segurança.

O mesmo profissional afirmou ser «extremamente difícil manter a situação sanitária sob controlo uma vez que aqueles que ainda têm forças para caminhar não se dirigem voluntariamente aos postos de controlo sanitário com receio de serem detidos pela polícia sul-africana e repatriados para o Zimbabué»

Em Musina e Beit Bridge foram criados centros de emergência onde os doentes com cólera são tratados e re-hidratados, mas mais e mais continuam a chegar diariamente e as autoridades estão seriamente preocupadas com a situação.

Em nove das 10 províncias do Zimbabué a cólera está a espalhar-se com grande intensidade, segundo números oficiais que referem já 90 mortos sem mencionar os hospitalizados.

O embaixador norte-americano no Zimbabué, James McGee, disse que o número total de vítimas mortais da epidemia ascende a 297 e outros diplomatas garantiram que os números de McGee são mais realistas do que os das autoridades.

Em quase todo o país, a água potável deixou de correr nas torneiras há muitos meses com carácter permanente e as populações são forçadas a apanhar água em rios, ribeiros e riachos muitas vezes seriamente poluídos e infectados com bactérias.

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