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Descoberta mega rede de pedofilia

Foram identificados oito terabytes de vídeos e imagens de pornografia infantil, «com os mais graves abusos sexuais», num servidor austríaco da Internet. Investigações poderão envolver 2360 suspeitos de 77 países

O ministro do Interior austríaco, Günther Platter, anunciou esta quarta-feira a desarticulação de uma rede internacional de pornografia infantil, que poderá envolver 2360 suspeitos de 77 países. As investigações policiais identificaram oito bases de dados com vídeos pedófilos, que haviam sido carregados no servidor de uma empresa, sem que esta tivesse conhecimento, revelou o governante, classificando esta operação como «sem precedentes na história criminal austríaca».

De acordo com Platter, citado pela agência Efe, os ficheiros exibiam «os mais graves abusos sexuais contra crianças». «Viam-se crianças a serem violadas e ouviam-se os seus gritos», confirmou Harald Gremel, o especialista em crimes informáticos da polícia austríaca que chefiou a investigação, citado pela Lusa, revelando que em 24 horas foram contabilizados mais de 8 mil acessos de 2.361 computadores diferentes em 77 países, da Argélia à África do Sul.

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Dos suspeitos, identificados até ao momento, pelo menos 23 são austríacos, e 14 deles já confessaram a sua culpabilidade, disse o ministro do Interior Austríaco. Nos EUA também estão a ser investigadas 600 pessoas e na Alemanha a polícia já interrogou 400 indivíduos. Na França, este número eleva-se a 100 suspeitos.

As autoridades austríacas confiscaram, no decurso da operação, 31 computadores pessoais, sete computadores portáteis, 23 discos duros externos e outros sistemas de armazenamento de dados. Foram ainda apreendidos 1132 DVD, 1428 disquetes, 213 cassetes de vídeo, num total de oito terabytes de material pedófilo.

As investigações do caso iniciaram-se no Verão passado, quando no mês de Julho, quando um proprietário de um servidor, na Áustria, denunciou terem sido carregados oito vídeos pornográficos no seu sistema.

Estes conteúdos estavam ligados a uma página russa, a partir da qual podiam ser descarregado, por 70 euros. A página foi de imediato encerrada e a sua lista de utilizadores foi investigada. Dela faziam parte desde estudantes a reformados.

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