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Poiares: escola investiga praxe violenta

Dois adolescentes ficaram feridos com gravidade nos orgãos genitais

O Conselho Executivo da Escola 2,3 Dr. Daniel de Matos, de Vila Nova de Poiares, vai reunir hoje com encarregados de educação, para esclarecer os casos de dois alunos feridos com gravidade numa «praxe» escolar, noticia a Lusa.

Dois adolescentes, entre os 11 e os 12 anos, necessitaram de receber tratamento no Hospital Pediátrico de Coimbra vítimas de lesões graves nos órgãos genitais, depois de terem sido sujeitos a uma prática conhecida como «ida ao poste», que consiste em levar estudantes com as pernas abertas a embater contra postes ou árvores.

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Um dos jovens foi submetido a intervenção cirúrgica e o outro é seguido pelos médicos por apresentar uma grave inflamação nos testículos. Um dos casos ocorreu no ano lectivo de 2006 e o outro em Janeiro deste ano.

Numa nota enviada hoje à agência Lusa, a presidente do Conselho Executivo da Escola Dr. Daniel de Matos, Maria Eduarda Carvalho, esclarece que, o primeiro caso, ocorrido no ano lectivo 2005/2006, «foi devidamente esclarecido e sancionado de acordo com a lei».

No que respeita ao caso mais recente, registado no início de Janeiro, o documento adianta que ele só foi comunicado e dado a conhecer à direcção da escola no dia 22 de Maio.

«Atendendo à gravidade do sucedido, foram adoptadas medidas pelos órgãos competentes da escola para cabal esclarecimento dos factos, bem como para a sua erradicação», refere o documento.

Segundo o Conselho Executivo, «além das diligências imediatas para apuramento de responsabilidade de alunos, em contacto com os próprios e pessoalmente com os pais e encarregados de educação directamente interessados, foram também informadas dos procedimentos e factos apurados as entidades representativas dos encarregados de educação e as autoridades competentes (GNR/Ministério Público, Câmara Municipal de Poiares)», refere o documento.

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Adianta ainda que, do incidente e dos procedimentos e medidas adoptadas, foi dado conhecimento à Direcção Regional de Educação do Centro.

Para além do apuramento das responsabilidades, a direcção da escola frisa também que «reuniu com os respectivos encarregados de educação e com os responsáveis da GNR/Escola Segura, tendo analisado e discutido o assunto nos órgãos próprios da escola (nalguns com a presença de representantes dos pais e alunos) e emitido aviso para toda a comunidade escolar, bem como reforçado medidas de vigilância no espaço escolar».

Para quarta-feira, o Conselho Executivo convocou entretanto uma Assembleia de Escola para «total esclarecimento da situação».

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