A justiça italiana abriu hoje um inquérito contra um deputado da oposição denunciado por duas prostitutas que afirmam ter consumido cocaína fornecida pelo parlamentar durante uma noite agitada num hotel de luxo, em Roma.
Segundo a agência italiana Ansa, Cosimo Mele, que deixou o seu lugar de deputado do UDC (centro-direita), está a ser investigado por um magistrado romano por «ceder estupefacientes», estando também a ser averiguado se Mele demorou a chamar auxílio quando uma das jovens se sentiu mal.
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Foi a hospitalização da prostituta que deu a conhecer a «escapadela» do deputado, casado por duas vezes e pai de três filhos, na passada noite de sexta-feira para sábado, enquanto os seus colegas se preparavam para aprovar uma lei sobre a carreira dos magistrados.
Mele admitiu, no domingo, ser o misterioso parlamentar de que se falava nas notícias mas afirmou ter passado a noite apenas com uma prostituta e negou a posse de drogas.
As desventuras do deputado, membro de um partido nascido da democracia cristã que defende os valores familiares e morais, dominam as atenções da imprensa italiana desde segunda-feira.
O presidente do UDC, Pier Ferdinando Casini denunciou quinta-feira uma «campanha destinada a impedir o partido de exprimir a sua oposição a certos temas éticos defendidos pela esquerda».
Na quarta-feira, antes do episódio que implica Mele, o UDC organizou na câmara dos deputados um teste de despistagem de drogas destinado aos parlamentares para defender um projecto de lei rejeitado a semana passada pela câmara baixa, que previa a realização de testes anti-droga obrigatórios para os eleitos.
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