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O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, não fecha a porta a um diálogo com o PS após as eleições legislativas, mas destaca que os comunistas “não aceitam uma política qualquer em nome da governabilidade” do país. Numa entrevista conduzida por Judite de Sousa, esta terça-feira, no Jornal das 8 da TVI, o líder comunista criticou o partido de António Costa, considerando que as propostas socialistas não oferecem nem “rotura” nem “mudança”.
“Diálogo deve haver sempre, o problema é aquilo que se discute, os conteúdos. […] Se for bom para o povo, para o país votamos a favor. Não aceitamos uma política qualquer em nome da governabilidade. […] O PS demonstra que não quer de facto nem rotura nem mudança.”
"Encontrar novas formas de financiamento da Segurança Social pressupõe respeito pela TSU, manter os descontos, e em relação ao Valor Acrescentado Líquido das empresas, as que têm um lucro acima de meio milhão e meio de euros de lucro deveriam financiar com uma taxa."
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“Nós, como devedores, temos direitos. Num quadro de renegociação dirigida pelo Estado português, é legítimo pagar o que devemos, e não dizemos que não pagamos, mas precisamos de desafogar este garrote.”
“Não defendemos isto como ato súbito. O que dizemos é que temos a obrigação de nos preparamos, como um processo, não como um ato súbito. “
Sobre a situação da Grécia, o líder comunista criticou aquilo que considera ser uma “chantagem” sobre o povo helénico e culpou o Executivo de Passos Coelho por “aplaudir” a atitude das principais potências europeias.
“As potências aceitaram fazer chantagem sobre um povo martirizado. Espanta-me que outros estados, incluindo o nosso, aplaudam esta chantagem que existe sobre o povo grego.”
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O secretário-geral do PCP, que já leva dez anos à frente do partido, deixou claro que "enquanto tiver força e saúde" estará "disponível" para liderar o partido.
"Enquanto tiver força e saúde, estou disponível para continuar esta luta imensa. Se o partido assim o entender, pode continuar comigo."
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