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Metro do Porto: o «difícil» acordo de Rui Rio

Consenso possível graças à maturidade política de ambos, diz Sócrates

A Junta Metropolitana do Porto (JMP) e o Governo assinaram esta segunda-feira, numa cerimónia no Palácio do Freixo, o acordo para a expansão do Metro do Porto. Depois de meses de acesa polémica, ambas as partes chegaram ao acordo possível.

O presidente da JMP, Rui Rio considerou que o acordo foi «mais difícil» para a JMP, porquanto «o Governo é um só, mas a JMP são 14 concelhos e é necessário conciliar interesses».

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Contudo, no início do discurso o autarca garantiu que «a JMP ganhou», admitindo que o Governo também diga o mesmo. «Cada um cedeu» numa questão que é motivo de orgulho para a AMP e para o país», referiu elogiando também o Governo por reconhecer a importância do projecto. «Se a AMP está bem o Governo também está», afirmou, por seu lado, o ministro das Obras Públicas, Mário Lino lembrando que o acordo «define o que é essencial para o vosso e o nosso ponto de vista».

Acordo possível «graças à maturidade política de ambos»

O primeiro-ministro, José Sócrates, apontou que «agora ficou claro para ambas as partes o que fazer», graças a «uma maturidade política de ambas as partes», num «projecto nacional» que será pago pelo «dinheiro dos portugueses».

Mas nem sempre foi assim, Mário Lino foi o único que único que mais directamente admitiu que o caminho para o possível consenso foi tortuoso: «tivemos grandes crispações» num «projecto que foi sempre acarinhado pelo Governo», referiu.

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Investimento de 500 milhões de euros

De acordo com o responsável será possível avançar com a segunda fase do metro ainda este ano e, em Janeiro de 2008, lançar um concurso global para todas as linhas. «Vamos prolongar a rede para quase o dobro e investir 500 milhões de euros», explicou ao mesmo tempo que considerava que «este é um dia em que estamos todos satisfeitos».

Sócrates opinou que a segunda fase de expansão do Metro do Porto avança em «melhor condições» do que a primeira e vai proporcionar uma melhoria da qualidade de vida das populações.

Rio pede a Sócrates para que se lembre do Norte

À margem do motivo da cerimónia, Rio aproveitou para pedir a Sócrates para que esteja atento aos níveis de desenvolvimento e de desemprego registados no Norte. «Sei que quem quer que seja o primeiro-ministro, quando acorda tem 500 problemas para resolver, mas peço que esteja atento à competitividade e ao desemprego na zona Norte do país», referiu.

O chefe do Governo respondeu ilustrando o cenário de recuperação da economia portuguesa «assente nas exportações» e lançando um desafio aos empresário para que não tenham medo de investir em vez de «chorarem» sobre as suas desilusões.

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