O ex-presidente da Câmara de Lisboa João Soares negou qualquer acordo verbal com empresas de construção para obras no seu mandato e diz não entender como os executivos seguintes continuaram a trabalhar com a Bragaparques se tinham dúvidas sobre procedimentos.
Em entrevista à Sic Notícias, João Soares defendeu-se quarta-feira à noite, respondendo desta forma a Pedro Santana Lopes.
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«Depois de porem em dúvida as condições em que uma empresa que é propriedade da Bragaparques faz o parque de estacionamento, fazem o acordo com a Bragaparques para o Parques Mayer, que levou a uma permuta com a Feira Popular e fazem uma hasta pública que foi um cambão, em que aparece um direito de preferência entre aquilo que é aprovado na câmara e aquilo que é aprovado na Assembleia Municipal?», questiona o socialista.
Santana Lopes disse à Sic que no mandato de João Soares havia obras contratadas verbalmente e sem licença.
O antigo autarca afirmou que no processo da construção do parque de estacionamento da Praça da Figueira, que o Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) mandou averiguar, João Soares e Carmona Rodrigues não estão a ser precisos.
João Soares garantiu que saiu da Câmara de Lisboa com os papéis todos em ordem e estranha as suspeitas lançadas seis anos após ter saído da autarquia.
«Sou dos poucos autarcas que perderam eleições nessa altura que não fiz um despacho, não tive de tratar de nada porque estava tudo rigorosamente aprovado», disse.
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João Soares garantiu nunca ter feito acordos verbais com ninguém: «Respeitei sempre a legalidade e tudo o que eram os procedimentos em termos legais para qualquer obra que tenha tido lugar na cidade de Lisboa».
«Tenho muitas obras na cidade de Lisboa e não foram obras que estiveram paradas por embargos judiciais», referiu.
«Não aceito, em circunstância nenhuma que a minha honradez e a obra que deixei a Lisboa seja posta em causa por estes senhores», acentuou João Soares.
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