O dirigente do SOS Racismo Bruno Gonçalves afirmou este sábado, em Coimbra, que a comunicação socal têm contribuído para o aumento dos fenómenos de racismo e xenofobia na sociedade, através de notícias sensacionalistas que denegrecem as minorias, refere a Lusa.
«A forma como os media abordam determinados casos tem muita influência no racismo», disse à Lusa Bruno Gonçalves, no decorrer do 2.º Encontro dos Jovens Contra Discriminação, que está a decorrer desde sexta-feira na delegação do Instituto Português da Juventude de Coimbra e se prolonga até domingo.
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Tendo como tema «Os Media e o Racismo», o evento pretende sensibilizar os órgãos de comunicação social para a não violação do artigo oitavo do Código Deontológico que diz: «O jornalista deve rejeitar o tratamento discriminatório das pessoas em função da cor, raça, credos, nacionalidade ou sexos».
«A situação tem vindo a melhorar e queremos, em conjunto, construir uma relação com os órgãos de informação de modo a que seja desmistificada uma imagem que é atribuída às minorias e a determinados locais», sublinhou.
Participam no encontro 12 jovens, de várias nacionalidades, com idades entre os 16 e os 20 anos, que residem em bairros sociais de Coimbra e Figueira da Foz, «o que os torna vítimas de discriminação e estigmatização por parte da população».
Além de debaterem o tema, os participantes promovem espaços de diálogo e interacção entre eles para minimizar o fenómeno de discriminação.
Esta manhã foi exibido o filme «Arrastão», da jornalista Adriana Andriga, que pretende desmistificar o célebre assalto na Praia de Carcavelos, ocorrido em Junho de 2005, seguido de debate com Paulo Marques, chefe de redacção do Diário as Beiras.
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